Viagem e Turismo A Disney pode perder 15% de visitantes após os ataques em Orlando
Por Redação O Sul | 7 de julho de 2016
Principal destino turístico dos Estados Unidos – foram 66 milhões de visitantes em 2015 –, Orlando foi abalada em junho por três eventos trágicos: o assassinato de 49 pessoas na boate gay Pulse, o homicídio da cantora Christina Grimmie e a morte de um menino de 2 anos arrastado por um crocodilo em um complexo da Disney. Resta saber se as más notícias abalarão o turismo na cidade.
Por ora, agentes de viagem não têm registrado cancelamentos e muitos turistas afirmam que continuam determinados a visitar a região. No Brasil, ao menos quatro empresas também disseram não ter cancelado pacotes para a cidade, importante para o setor (é o destino internacional com mais passageiros embarcados em agências de turismo).
Lori Pennington-Gray, professora de gestão de turismo na Universidade da Flórida, afirma que pessoas que já marcaram viagens “podem se sentir menos inclinadas a cancelar do que quem ainda está decidindo aonde ir”. “Uma viagem à Disney tem custo alto, é uma decisão importante para uma família.”
Quem cancela viagens pode ou não receber reembolsos, a depender de como fez a reserva. Empresas aéreas normalmente cobram taxas por cancelamentos, mas ingressos de parques podem ser reembolsáveis.
Resposta da cidade.
Segundo o Conselho Mundial de Viagens e Turismo, pesquisas demonstram que, quando ataques terroristas não são direcionados a turistas, têm menor impacto a longo prazo que ataques diretos a hotéis e atrações.
Ainda assim, para Ray Bromley, especialista em planejamento urbano, o turismo de Orlando pode perder nos próximos meses até 15% de seu movimento em reservas, já que viajantes poderão passar a considerar destinos alternativos, como a Disney na Califórnia.
Nesse caso, hotéis e atrações turísticas podem oferecer descontos para estimular a demanda. Por enquanto, porém, as passagens e diárias vêm mantendo seus preços.
Lori acredita que as reservas futuras dependem, em parte, da “resposta da cidade e do setor de turismo, que precisam reforçar as medidas que já vinham tomando para manter a segurança dos visitantes”.
“Orlando é um destino de viagem ao qual as pessoas aspiram, um daqueles lugares que todo mundo quer visitar pelo menos uma vez na vida, e perturbações como as que aconteceram recentemente não mudarão isso”, diz Helen Marano, vice-presidente do Conselho Mundial de Viagens e Turismo. (Folhapress)
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