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Política A um ano e meio da eleição, aliados de Bolsonaro aparecem bem posicionados para as futuras disputas pelo Senado

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Eleição para o Senado é uma prioridade de Bolsonaro, que tenta se manter com relevância e apoio político em meio a uma situação de inelegibilidade. (Foto: Antonio Augusto/STF)

A um ano e meio da eleição, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aparecem bem posicionados para as futuras disputas pelo Senado. Eles ocupam a primeira ou a segunda colocação em nove das 12 unidades federativas onde o Instituto Paraná Pesquisas realizou levantamentos recentes – as exceções são Minas Gerais, Bahia e Maranhão. O ex-presidente pode fazer a “dobradinha” em quatro locais. O cálculo leva em consideração a margem de erro de cada pesquisa.

A eleição para o Senado é uma prioridade de Bolsonaro, que tenta se manter com relevância e apoio político em meio a uma situação de inelegibilidade – decretada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – e de risco de condenação por tentativa de golpe de Estado. O objetivo do ex-presidente é ter na próxima legislatura uma maioria de senadores aliados e eleger o presidente da Casa, o que possibilitaria a abertura de processos de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Serão duas vagas por Estado e DF, o que coloca 54 das 81 cadeiras em jogo no próximo ano.

Em São Paulo, o bolsonarismo tem chances de conquistar as duas vagas, com o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL) e o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite (PP). Eduardo lidera, segundo a Paraná Pesquisas, com 33,1%, enquanto Derrite (17,6%) está tecnicamente empatado com o ex-jogador Raí (15,2%), apontado por partidos de esquerda como uma opção.

A situação se repete no Rio de Janeiro, com o senador Flávio Bolsonaro (PL) liderando com 41,7% e o governador Cláudio Castro (PL), que tem 31,3%, disputando a segunda vaga com a deputada Benedita da Silva (PT), com 27,1%.

No Distrito Federal, Michelle Bolsonaro (PL), com 42,9%, e o governador Ibaneis Rocha (MDB), com 36,9%, têm chances hoje de fazer uma dobradinha. No Tocantins, a pesquisa também revela uma possível vitória dupla da direita, com o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) e o senador Eduardo Gomes (PL) na frente, respectivamente com 52,9% e 32,5%. O senador do PL, porém, pode optar por concorrer ao governo estadual.

Minas

A situação mais crítica para o bolsonarismo ocorre em Minas Gerais. Embora o governador Romeu Zema (Novo) tenha 52,7% das intenções de voto, ele tem descartado concorrer ao Senado e concentra suas apostas em uma chapa presidencial. Zema tem repetido que se considera com perfil de Executivo e não de Legislativo. Sua ausência gera um vácuo à direita, já que o deputado federal Nikolas Ferreira (PL), o nome mais popular do campo no Estado, não pode disputar o Senado por não ter a idade mínima.

Sem nomes óbvios, Bolsonaro sugeriu a candidatura do ex-ministro da Economia Paulo Guedes. Pessoas próximas ao ex-presidente também discutiram a possibilidade de Michelle Bolsonaro trocar de domicílio eleitoral, mas o favoritismo dela no Distrito Federal pesou, e a ideia não avançou.

O PL mineiro trabalha para lançar o presidente do diretório estadual, Domingos Sávio (PL), ou o deputado federal Eros Biondini (PL). “O presidente me disse que em Minas Gerais não vai fazer nada sem nos ouvir. E nós também não vamos fazer nada sem ouvi-lo”, afirmou Sávio.

A outra vaga provavelmente será preenchida por um nome indicado por Zema. O favorito do governador é seu secretário de Governo, Marcelo Aro (PP). “Em Minas, a tendência é formar uma chapa única da direita”, afirmou Aro, que ficou em terceiro nas eleições de 2022. Em um gesto de aproximação com o bolsonarismo, ele esteve ao lado de Zema na manifestação pela anistia, na Avenida Paulista, no último dia 6.

O bolsonarismo também enfrenta dificuldades na Bahia. No Estado governado há quase 20 anos pelo PT, Rui Costa (PT) e Jaques Wagner (PT) lideram a pesquisa com 43,8% e 34% das intenções de voto – os petistas trabalham com a ideia de lançar a “chapa dos governadores”, com Jerônimo Rodrigues (PT) disputando a reeleição ao governo baiano, e Costa e Wagner, que já ocuparam o cargo, tentando o Senado.

João Roma (PL), ex-ministro de Bolsonaro, aparece em terceiro com 24,6%. Ele afirma que não descarta concorrer ao governo baiano, cargo que também é pretendido por ACM Neto (União Brasil). O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), também é cotado para essas vagas, enquanto há expectativa de que a chapa puro-sangue do PT possa empurrar o PSD e o senador Ângelo Coronel (PSD) para a aliança da direita baiana.

No Maranhão, o domínio é de nomes de esquerda ou ministros do governo Lula: o governador Carlos Brandão (PSB) tem 43,2%, o senador Weverton Rocha (PDT), 41,1%, a senadora Eliziane Gama (PSD), 18,5%, o provável ministro das Comunicações, Pedro Lucas (União Brasil), aparece com 12,8% e o ministro do Esporte, André Fufuca (PP), tem 12,1%. (Com informações do Estado de S. Paulo)

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