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Geral Alexandre de Moraes torna pública gravação de reunião de 2022: saiba o que Bolsonaro e seus ministros falaram

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(Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tornou pública a íntegra da gravação de uma reunião realizada no dia 5 de julho de 2022, no Palácio do Planalto, na qual que o ex-presidente Jair Bolsonaro e ministros discutem o que a Polícia Federal chama de uma “dinâmica golpista”.

A determinação do ministro é para que o material, que faz parte da investigação sobre uma suposta tentativa de golpe no país em 2022, ficasse disponível no site oficial do STF. Parte da transcrição do que foi discutido nessa reunião é citada na decisão do ministro que embasou a operação deflagrada ontem pela PF.

Segundo os investigadores, o material “revela o arranjo de dinâmica golpista, no âmbito da alta cúpula do governo”. A gravação mostra Jair Bolsonaro visivelmente alterado, desferindo ataques ao então adversário Luiz Inácio Lula da Silva, a quem chega a se referir como “satanás”, com sucessivas ofensas a ministros do Supremo, em especial a Moraes, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso.

“Nós sabemos que, se a gente reagir depois das eleições, vai ter um caos no Brasil, vai virar uma grande guerrilha, uma fogueira no Brasil. Agora, alguém tem dúvida que a esquerda, como está indo, vai ganhar as eleições? Não adianta eu ter 80% dos votos. Eles vão ganhar as eleições”, disse Bolsonaro em um dos trechos do vídeo.

A gravação também mostra que o ex-presidente viu como um “erro” do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a inclusão das Forças Armadas para a Comissão de Transparência Eleitoral (CTE). Apesar da avaliação, ele considerou que a decisão da Corte o beneficiava.

“O TSE cometeu um erro quando convidou as Forças Armadas para participar da comissão de transparência eleitoral. Cometeu um erro. Eles erraram. Pra nós, foi excelente. Eles se esqueceram que sou o chefe supremo das Forças Armadas?”, diz o ex-presidente.

Em 2021, as Forças Armadas foram incluídas pelo TSE, juntamente com outras entidades, na Comissão de Transparência das Eleições, criada com o propósito de ampliar a transparência e a segurança de todas as etapas de preparação e realização das eleições.

A última fala da reunião é de Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. De acordo com a PF, ele afirma que conversou com um diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para “infiltrar agentes nas campanhas eleitorais, mas adverte do risco de se identificarem os agentes infiltrados”.

Nesse momento, o então presidente Jair Bolsonaro interrompe o general e pede para que “conversem em particular” sobre o tema.

Heleno, então, prossegue o discurso afirmando que não tem VAR nas eleições e que “o que tiver que ser feito, tem que ser feito antes”.Se tiver que dar soco na mesa, é antes das eleições. Se tiver que virar a mesa, é antes das eleições. Depois, será muito difícil que tenhamos uma nova perspectiva. Até porque eles vão fazer tão bem feito que essa conversa do Fachin com os embaixadores foi exatamente para que elimine a possibilidade do VAR acontecer. No dia seguinte, todo mundo reconhece e fim de papo. E vai chegar a um ponto que não vamos poder mais falar. Vamos ter que agir. Agir contra determinar instituições e determinadas pessoas.”

Ao começo da reunião, Anderson Torres afirmou que o grupo iria “se foder” em caso de uma vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que o cenário era “ameaçador”.

“ Tem muitos aqui que eu não sei nem se têm estrutura pra ouvir o que a gente está falando aqui. Com todo o respeito a todos. Mas eu queria começar por uma frase que o presidente colocou aqui, que eu acho muito verdadeira. E o exemplo da Bolívia é o grande exemplo pra todos nós. Senhores, todos vamos se foder! (sic) Eu quero deixar bem claro isso. Porque se…Eu não estou dizendo que…Eu quero que cada um pense no que pode fazer previamente porque todos vamos se foder (sic). Não tenho dúvida disso.”

Titular da Justiça e Segurança Pública, Torres também defende que é preciso agir antes das eleições.

“A gente precisa atuar agora. Não estou desrespeitando poder nenhum, não quero atropelar ninguém. O outro lado joga muito pesado, senhores. Essa consciência, tem que ter. É o momento de entender o que está sendo colocado aqui, o que vai acontecer com a gente nos próximos meses. A pressão está cada dia maior.”

O general Paulo Sérgio Oliveira também pediu a palavra e fez um longo discurso. Ele explicou a atuação das Forças Armadas durante a Comissão de Transparência das Eleições (CTE), criada em 2021 pelo TSE, e afirmou que estava “na linha de contato com o inimigo”.

“O que eu sigo nesse momento é apenas na linha de contato com o inimigo. Ou seja, na guerra, tem a linha de contato, linha de partida, vou romper aqui e iniciar a minha operação. Eu vejo as Forças Armadas e o Ministério da Defesa nessa linha de contato. Nós temos que intensificar e ajudar nesse sentido para que a gente não fique sozinho no processo”, afirmou. As informações são do jornal O Globo.

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