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Mundo Após aumentar o próprio salário em 50%, o presidente da Argentina volta atrás e revoga decreto

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No dia 21 de fevereiro, o governo argentino concedeu um aumento de 30% no salário mínimo para os trabalhadores.

Foto: Reprodução
(Foto: Reprodução)

O presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou que revogou um decreto que aumentava o salário dele e de ministros. O reajuste foi alvo de críticas da sociedade argentina além de membros da oposição.

No dia 21 de fevereiro, o governo argentino concedeu um aumento de 30% no salário mínimo para os trabalhadores – abaixo do esperado por empresários e sindicatos.

No entanto, ainda em fevereiro, um documento assinado por Milei também previa o aumento salarial do presidente, ministros e outros cargos do governo. Segundo a oposição, entretanto, esse aumento foi de quase 50%.

Em 21 de fevereiro, Milei havia concedido um aumento de 30% no salário-mínimo – abaixo da inflação acumulada, que em janeiro bateu em 98,8%, e do esperado pelos sindicatos. A Argentina vive um aumento da pobreza em meio a medidas de austeridade fiscal implementadas por Milei.

O caso ganhou repercussão na imprensa argentina. No sábado (9) de manhã, a deputada peronista e ex-ministra do Desenvolvimento Social Victoria Tolosa Paz compartilhou a normativa do governo que concedia um aumento de 48% aos funcionários do Poder Executivo. “Milei mente com esse discurso de austeridade”, disse a legisladora.

No mesmo dia, Milei postou em suas redes sociais que revogaria a medida e culpou a ex-presidente Cristina Kirchner pelo aumento.

“Acabo de ser informado que em decorrência de um decreto assinado pela ex-presidente Cristina Kirchner em 2010, que estabelecia que os dirigentes políticos deveriam ganhar sempre mais que os funcionários da administração pública, foi concedido um aumento automático aos quadros políticos deste governo”, escreveu.

Troca de insultos

Para o presidente argentino, essa medida havia sido elaborada para “proteger os bolsos da casta”. Ele também ameaçou cortar o dinheiro que Kirchner recebe como ex-presidente. “O que você acha se eu cancelar os 14 milhões (cerca de R$ 82,4 mil) que você recebe como aposentadoria privilegiada e lhe atribuir uma aposentadoria mínima? Imagino que não vá reclamar”, disse em publicação no X (antigo Twitter).

“Felizmente, a cada dia mais leões acordam e decidem deixar de ser ovelhas. Mas você [Cristina Kirchner], como toda a casta política, não vê isso.”

O Gabinete Presidencial também publicou uma nota afirmando que o aumento havia sido dado de forma automática por causa de um decreto assinado por Kirchner.

“A situação herdada é crítica, e os argentinos estão fazendo um sacrifício heroico. É tempo de os políticos pagarem o custo do que provocaram”, afirmou o governo.

Em uma rede social, a ex-presidente rebateu as acusações e disse que Milei está destruindo as pensões e os salários dos argentinos.

“Quero pensar que o senhor lê o que assina, não é? No [decreto sobre aumento] de janeiro, o senhor não incluiu expressamente as autoridades, e no de fevereiro o senhor e os seus funcionários foram incluídos”, escreveu.

Kirchner também afirmou que o decreto assinado por ela há 14 anos não tem nada a ver com o reajuste salarial do atual presidente.

Desde o início do governo, Javier Milei tem adotado medidas para cortar gastos e atingir o déficit zero nas contas públicas. Por outro lado, as políticas de ajuste têm sido alvos de críticas em vários setores da sociedade, resultando em greves e manifestações.

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https://www.osul.com.br/apos-aumentar-o-proprio-salario-javier-milei-volta-atras-e-revoga-decreto/ Após aumentar o próprio salário em 50%, o presidente da Argentina volta atrás e revoga decreto 2024-03-10
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