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Cláudio Humberto Área pública impõe sacrifícios, e se finge de morta

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Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Representado pelos Três Poderes, o setor público cria leis e decretos e só comunica ao setor privado, que o sustenta, quanto vai custar a crise em empregos suprimidos e empresas quebradas. Inventam suspensão de contrato, põem 25 milhões de pessoas na fila do seguro-desemprego, pintam e bordam. Quanto a eles, muitos marajás, fingem-se de mortos. Nem um grama de sacrifício, nada. Continuam com salários integrais, regalias, mordomias, penduricalhos, jatinhos da FAB e carros oficiais à disposição. O Brasil gastou R$ 928 bilhões com servidores só em 2019.

Marajás unidos jamais…
… serão vencidos: chefes dos poderes que têm mais marajás, Dias Toffoli (STF) e Rodrigo Maia (Câmara) têm um pacto contra a redução.

Atitude vergonhosa
Câmara e Senado fecharam na gaveta (e jogaram a chave fora) projetos prevendo a redução ou a suspensão dos salários dos parlamentares.

Ninguém tasca
Toffoli prometeu a representantes de procuradores e juízes, dias atrás, que a grana de suas excelências não será reduzida. Quanto ao País…

O País que se exploda
A pelegada das chamadas “carreiras de Estado” já se posicionou contra a redução de salários. Cinicamente, acham que “não precisa”.

Desempregados há um ano vão ficar sem ajuda
A legislação aprovada no Congresso vai deixar sem acesso ao auxílio de R$ 600 do coronavoucher milhares de desempregados que buscam trabalho há mais de um ano. É que um dos itens proíbe o pagamento, hoje, em abril de 2020, a quem estava empregado em 2018, há quase um ano e meio atrás. O item perverso e sem sentido foi aprovado por deputados e senadores e não está entre itens vetados pelo presidente.

Políticos não se importam
Não importa se está desempregado há mais de um ano, quem ganhou R$ 28.559,71 (cerca de R$ 2,2 mil mensais), em 2018, ficará sem nada.

Mais gente de fora
Estão fora ainda aposentados, pensionistas e outros com renda familiar acima de 1/2 salário mínimo por pessoa ou três salários mínimos no total.

País do cadastro
O motivo do corte, mais uma vez, é a falta de cadastro, pois os dados de renda da Receita, utilizados para cruzamento, são relativos a 2018.

Maior cara lisa
Agora foi a vez de Dilma afirmar à Polícia Federal que “nunca ouviu falar” na gorda conta bancária que Joesley Batista abriu para ela no exterior. O chefe da quadrilha, que nunca sabia de nada, também “não conhecia” quem reformou de graça o seu tríplex no Guarujá e seu sítio em Atibaia.

Cenoura pendurada à frente
A estratégia de Rodrigo Maia para repórteres esquecerem a história de cortar salários e regalias no setor público: se citarem o assunto, dá um jeito de criticar o governo. Ataque ao governo sempre ganha prioridade.

Impacto gravíssimo
O ministro Marcelo Álvaro Antonio revelou que o setor do Turismo foi o primeiro impactado pela crise do coronavírus: “Há áreas que foram de 100% de faturamento para 0%”, destacou. Uma tragédia.

Lá, é jogo rápido
Trump anunciou ontem uma ajuda às micro e pequenas empresas muito semelhante à brasileira: US$ 2 bilhões para ajudar no pagamento de salários. Hoje os empreendedores já podem pegar o dinheiro. Já o Brasil, que inventou o programa, não saber como fazer viabilizar a liberação.

Sonho acabou
Sem qualquer mudança no calendário eleitoral, acaba neste sábado o prazo de registro de estatutos de novos partidos e, com ele, o sonho do Aliança, do presidente Jair Bolsonaro, de disputar as eleições deste ano.

Fogão no coração
De vez em quando Mandetta deixa escapar um certo saudosismo dos anos em que viveu no Rio, estudando Medicina na Gama Filho. Na mesma época, o primo Fábio Trad, hoje deputado federal, estudava Direito na Uerj. E a dupla não perdia jogos do Botafogo, time do coração.

Números não mentem
O Brasil, com população 20 vezes maior que Portugal e 12 vezes maior que a Holanda, descobriu o primeiro caso do coronavírus antes que os dois países e tem, em números totais, menos casos. São 7,9 mil aqui, com 212 milhões de habitantes, 9 mil em Portugal e 14 mil na Holanda.

Não vai somar
Sócio da C&V Contabilidade, o contador Vinícius Vasconcelos lembra a quem recebe Bolsa Família que eles não vão acumular o benefício com o coronavoucher de R$ 600. “Será pago o que tiver maior valor”, avisa.

Pensando bem…
… há vida após o apocalipse.

PODER SEM PUDOR

Entrevista de emprego
Após o suicídio de Getúlio Vargas, em 1954, o vice Café Filho assumiu o cargo e logo nos primeiros dias chamou o amigo Rubem Braga: “Preciso de você!” A resposta do escritor fez história: “Café, você virou presidente, está bem empregado, a vida arrumada. Quem precisa sou eu. Estou duro, desempregado, precisando trabalhar.” Ganhou o emprego de adido cultural à embaixada do Brasil em Santiago.

Com André Brito e Tiago Vasconcelos

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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