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Economia Banco do Brasil identifica ação coordenada de bolsonaristas para gerar pânico financeiro e é pressionado a acionar a Polícia Federal

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O banco destacou que a estratégia de desinformação visa atingir “o Estado de direito e a segurança jurídica”. (Foto: Divulgação)

O Banco do Brasil (BB) revelou ter detectado uma ação articulada de bolsonaristas nas redes sociais com o objetivo de desestabilizar a instituição financeira. A ofensiva, segundo informações da Folha de S.Paulo, inclui a disseminação de notícias falsas que incentivam correntistas a retirar recursos em massa.

O movimento levou magistrados e representantes do setor bancário a pressionarem a presidente do BB, Tarciana Medeiros, a acionar a Polícia Federal (PF).

Em ofício enviado à Advocacia-Geral da União (AGU), o banco destacou que a estratégia de desinformação visa atingir “o Estado de direito e a segurança jurídica”. No documento, o BB alerta que “ameaças direcionadas a minar recursos institucionalizados no Banco do Brasil, por intermédio da disseminação de fake news quanto à existência de sanções estrangeiras ou bloqueio de ativos de magistrados da Suprema Corte, comprometem a estabilidade da ordem econômica, financeira e social; comprometem o desenvolvimento econômico equilibrado do país”.

Boatos

– Boatos e manipulação com base em sanções estrangeiras: Parte da ofensiva usa interpretações distorcidas da chamada Lei Magnitsky, legislação americana que prevê sanções contra estrangeiros acusados de corrupção ou violações de direitos humanos. Em vídeo publicado em canal bolsonarista, o advogado Jeffrey Chiquini afirmou: “Quer um conselho? Quem tem conta no Banco do Brasil, cancele, tire dinheiro imediatamente”. Ele ainda sustentou que o banco seria punido pelos EUA e expulso do sistema internacional de transferências Swift.

Na mesma gravação, Chiquini declarou: “O Banco do Brasil é 51% estatal, o Banco do Brasil vai cumprir a decisão do Flávio Dino e o Banco do Brasil vai ser sancionado pela Lei Magnitsky e vai ser desligado do sistema Swift global. Tirem imediatamente seu dinheiro do Banco do Brasil porque ele será sancionado, isso é uma certeza”.

Reação

– O que diz o Banco do Brasil: A instituição reagiu oficialmente, ressaltando que atua em total conformidade com as normas brasileiras e internacionais. “Com mais de 80 anos de atuação no exterior, a instituição acumula sólida experiência em relações internacionais e está preparada para lidar com temas complexos e sensíveis que envolvem regulamentações globais”, declarou o banco em nota. O comunicado também reforça que “declarações enganosas ou inverídicas que tenham como objetivo prejudicar a imagem do Banco do Brasil não serão toleradas”.

Risco jurídico

– O risco jurídico e o papel da PF: A legislação brasileira tipifica como crime contra o sistema financeiro a divulgação de informações falsas ou incompletas sobre instituições bancárias. A pena prevista varia de dois a seis anos de prisão, além de multa. Nesse contexto, cresce a pressão para que a Polícia Federal investigue os autores da campanha e responsabilize os envolvidos pela tentativa de provocar instabilidade financeira.

Narrativa importada

– Narrativa importada sem respaldo legal: A retórica usada por aliados do bolsonarismo busca legitimar a ideia de que sanções impostas pelos Estados Unidos teriam validade automática no Brasil. Entretanto, como já reforçou o ministro do STF Flávio Dino, leis estrangeiras não se aplicam no território nacional sem os trâmites legais apropriados. O mesmo vale para o Swift, que não é controlado unilateralmente por Washington, mas sim por uma cooperativa internacional sediada na Bélgica.

Tentativa de recuo

Após a repercussão, Chiquini negou que sua fala configurasse ilícito penal. Segundo ele, tratava-se apenas de uma “constatação da realidade da legislação americana” e de um “conselho de investimento em ações”. O advogado alegou que se referia à retirada de aplicações na Bolsa, mas suas declarações públicas em vídeo indicaram diretamente que correntistas deveriam sacar seus depósitos.

Com o ofício já protocolado junto à AGU e a pressão de magistrados e do setor bancário, o caso deve avançar para a esfera policial, com possibilidade de responsabilização de quem espalhou as fake news. As informações são do Jornal do Brasil.

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