Segunda-feira, 28 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 23 de março de 2016
A Braskem investirá cerca de R$ 380 milhões para permitir o uso de gás etano como matéria-prima em suas operações. O investimento será direcionado à adaptação da infraestrutura logística no Terminal Portuário de Aratu, no duto de interligação e na adequação tecnológica de sua Unidade de Petroquímicos Básicos, no Polo Petroquímico de Camaçari (Bahia).
Para abastecer a unidade industrial, a Braskem assinou acordo de longo prazo com a empresa norte-americana Enterprise Products, que fornecerá, a partir do segundo semestre de 2017, o gás etano oriundo do gás de xisto (shale gas), matéria-prima utilizada para a produção de produtos petroquímicos.
A decisão do investimento da Braskem está alinhada à estratégia de buscar a flexibilidade na produção petroquímica com fontes alternativas de matéria-prima, reforçando a competitividade da companhia. A planta industrial da Bahia, que hoje depende integralmente do fornecimento de nafta, passará a poder utilizar até 15 % de etano a partir dos investimentos a serem realizados. Atualmente, a nafta petroquímica representa 85% da matéria-prima usada nos crackers da Braskem no Brasil, e o gás, 15%. Com o fornecimento de etano para a unidade no Polo Petroquímico de Camaçari, o gás aumentará sua participação para 20% de toda a matéria-prima utilizada pela Braskem no país.
“O investimento tem como foco proporcionar maior competitividade e flexibilidade no uso de matéria-prima”, diz Marcelo Cerqueira, vice-presidente da Unidade de Petroquímicos Básicos da Braskem. “Essa diversificação com o uso do gás como matéria-prima – hoje abundante no mercado norte-americano – é uma tendência global da indústria petroquímica. Esse movimento busca fortalecer a competitividade da cadeia química e petroquímica brasileira bem como a atuação nacional e internacional da Braskem no setor”.