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Esporte Campeão mundial pelo Grêmio, Valdir Espinosa morre aos 72 anos

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Submetido a uma cirurgia na região do abdômen no dia 17, ele foi internado novamente no dia 20 e não se recuperou. (Foto: Lucas Uebel/Grêmio FBPA)

Morreu nesta quinta-feira (28) Valdir Espinosa, aos 72 anos de idade. Submetido a uma cirurgia na região do abdômen no dia 17, ele foi internado novamente no dia 20 e não se recuperou. Atualmente ele ocupava o cargo de gerente de futebol do Botafogo. O velório ocorreu das 15h às 22h, no Salão Nobre da sede social do time carioca.

Nascido em Porto Alegre, Espinosa começou sua carreira no futebol como jogador do Grêmio, de 1970 a 1973. Atuou por oito anos como profissional, passando por CSA, Esportivo e Caxias. Parou em 1978 e no ano seguinte já iniciou no cargo de treinador do Esportivo.

Desde então, construiu uma carreira sólida, com o auge em 1983, quando comandou o Grêmio campeão da Libertadores e do Mundial. Na época, o time contava com jogadores como Renato Portaluppi, hoje treinador do Tricolor gaúcho, De León, Paulo César Caju e Mário Sérgio.

Em 1989, Espinosa aceitou o convite do Botafogo, que não conquistava o Campeonato Carioca havia 20 anos. Com um gol de Maurício na final contra o Flamengo, o time celebrou o título invicto da competição e criou mais um momento histórico para a carreira do treinador.

Espinosa rodou o Brasil como treinador, passando inclusive pelo Inter em 1990, e teve experiências internacionais. Ele trabalhou no Cerro Porteño, do Paraguai, no Al-Hilal, da Arábia Saudita, e no Tokyo Verdy, do Japão. Também teve uma rápida passagem pelo Las Vegas City.

Velório

O adeus a Valdir Espinosa foi emocionante. O caixão com o corpo chegou ao salão nobre de General Severiano com as bandeiras de Grêmio e Botafogo, os dois clubes mais marcantes de sua carreira. Muitos torcedores das duas equipes também marcaram presença na cerimônia.

Atletas que estiveram naquela campanha de 1989 também vieram dar o último adeus a Valdir Espinosa. Maurício, autor do gol do título contra o Flamengo, Carlos Alberto santos, Luisinho, Mauro Galvão e Wilson Gottardo apareceram na sede social do Botafogo. Juan, ex-zagueiro com passagem marcante pelo Flamengo, também veio prestigiar o ex-treinador.

A família de Valdir Espinosa também prestigiou o querido parente. A esposa, os dois filhos e as três netas marcaram presença.

Seleção

Campeão da Libertadores e Mundial pelo Grêmio, e responsável por tirar o Botafogo de uma fila de 20 anos sem vencer o Campeonato Carioca, Valdir Espinosa não precisou da Seleção Brasileira para ser grande. Mas em 1989,
após o icônico título estadual com o Alvinegro de General Severiano, esteve muito perto dela.

O gaúcho foi chamado de “ O treinador do Brasil” pela edição de 9 de julho de 1989 do extinto “Jornal dos Sports”.

A reportagem de capa do jornal do Rio de Janeiro citava o mau momento de Sebastião Lazaroni à frente da equipe canarinho. Depois de uma excursão fracassada na Europa e uma sequência de dois empates após uma vitória na
estreia da Copa América que estava sendo disputada no Brasil, Lazaroni jogaria a vida contra o Paraguai pelo quarto jogo da primeira fase.

Na véspera do duelo contra os paraguaios, informou o diário carioca, José Boneti, à época membro da Fifa, e supervisor da Seleção em 1970, anunciou que Ricardo Teixeira havia o convidado para uma reunião ao final da Copa
América. Especulava-se que Boneti assumiria o cargo de diretor de futebol após saída de Eurico Miranda. Caso isso acontecesse, Espinosa era o favorito para comandar o time brasileiro.

“Em 1989 vários eram os nomes que poderiam me substituir, pois os resultados eram fracos. Assim como cheguei à Seleção após meu trabalho por clubes, Valdir Espinosa também foi especulado. Ele tem muita história positiva
dentro do futebol, passagens marcantes por clubes como Grêmio e Botafogo. Não tínhamos muito contato, mas um respeito e admiração grandes. Que ele descanse em paz e que sua família se orgulhe do que ele fez pelo futebol”, disse Sebastião Lazaroni.

O Brasil venceria o Paraguai por 2 a 0 no Estádio do Arruda, em Recife, em partida que até hoje é encarada como “as pazes do torcedor com (aquela) Seleção”. Lazaroni levaria o Brasil ao título da Copa América e sustentaria sua
posição até a Copa do Mundo de 1990. Assim, o casamento entre Espinosa e o time verde e amarelo nunca aconteceria.

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Renato Portaluppi lamentou a morte de Valdir Espinosa, técnico campeão do mundo pelo Grêmio
https://www.osul.com.br/campeao-mundial-pelo-gremio-valdir-espinosa-morre-aos-72-anos/ Campeão mundial pelo Grêmio, Valdir Espinosa morre aos 72 anos 2020-02-27
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