Segunda-feira, 11 de agosto de 2025
Por Redação O Sul | 26 de janeiro de 2016
Parece uma história em quadrinhos dos Vingadores, mas é a vida real. O mundo pode contar, a partir de agora, com um “chefe de defesa planetária”. A Nasa (agência espacial americana) criou a nova divisão que será responsável por lidar com asteroides e cometas que passem astronomicamente “raspando” a Terra. O dono da caneta é Lindley Neil Johnson, que queria ser astronauta, mas acabou sendo o homem com o trabalho curioso do mundo. Ele já participou de vários outros programas da agência.
Mais de 13,5 mil objetos (com variáveis níveis de risco) já foram detectados vagando perto do nosso planeta. Atualmente são 1,5 mil novos objetos encontrados por ano.
Um dos empreendimentos da “defesa espacial” é a sonda BOPPS, que vasculha o Sistema Solar buscando cometas.
Nos últimos dias 20 e 21, por exemplo, quatro objetos passaram a uma distância entre 9,3 e 43,3 distâncias lunares daqui (a Lua fica a 384 mil quilômetros da Terra).
Parece longe, mas é o suficiente para o sinal amarelo na sala de comando. Os objetos têm entre 13 e 150 metros de diâmetro e poderiam até destruir uma cidade no caso de uma colisão. O tamanho do dano depende tanto do tamanho quanto da velocidade relativa do objeto em relação à Terra.
Os resultados da missão Aida (encarregada de atingir e defletir um asteroide) é uma das apostas da Nasa e da ESA (Agência Espacial Europeia) para salvar o planeta de um cataclismo.
A ideia é parecida com a do filme “Armageddon” (1998), em que os astronautas-heróis usam uma bomba nuclear para tentar afastar um asteroide de sua rota de colisão com a Terra. A realidade é bem menos explosiva e acontecerá longe daqui.
Em 2020, está previsto o lançamento da primeira sonda, a AIM (a sigla significa “mira”), que orbitará o sistema binário de asteroides 65803 Didymos. Em 2021, será lançada a sonda Dart (dardo), cuja missão é colidir com o pedregulho espacial.
Com o impacto (previsto para outubro de 2022), espera-se que os 300 quilos da Dart, à altíssima velocidade de 6,25 quilômetros por segundo, sejam suficientes para alterar a velocidade do asteroide menor em 0,4 milímetro por segundo.
Quase nada, mas o suficiente para alterar a interação entre os dois objetos. A sonda AIM estará lá orbitando o asteroide grandão (de 800 metros de diâmetro), registrando e enviando as informações obtidas para a Terra.(Folhapress)