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Economia Com perspectiva de queda da taxa de juros e avanço das reformas, vice-presidente do Bradesco vê melhora significativa da economia brasileira neste semestre que pode surpreender positivamente

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Um vice-presidente e uma diretora-executiva deixam o banco após substituição de Octavio de Lazari Jr. no cargo de CEO. (Foto: Reprodução)

Em meio às discussões do novo arcabouço fiscal e da reforma tributária avançando no Congresso, a expectativa é de um segundo semestre melhor que o início do ano. “O governo tem deixado claro que existe uma responsabilidade fiscal. Todos os indicadores econômicos levam a crer que o Banco Central poderá reduzir a taxa de juros. Isso é muito importante”, disse Eurico Fabri, vice-presidente responsável pelas áreas de atacado do Bradesco.

Fabri assumiu o novo cargo no início do ano, quando o cenário apontava muitas incertezas, com a troca de governo tumultuada com os atos golpistas do dia 8 de janeiro e a crise da Americanas, que fechou a torneira de crédito para as empresas no país.

“Entendo que a gente está começando girar novamente a roda e podemos entrar num ciclo de prosperidade”, afirmou o executivo. Fabri, que está no banco desde 2008 e passou os últimos quatro anos à frente do segmento de varejo, brinca que fez um “swap” com Marcelo Noronha, que assumiu, entre outras áreas, o varejo do banco.

Sob sua gestão, o segmento de atacado – que concentra o atendimento às empresas – também tem desde o início do ano a área de gestão de fortunas (“wealth management”) no seu escopo, quando foi unificada com o private banking. “Decidimos crescer no [segmento de] alta renda, que traz mais estabilidade para a carteira.”

Os sinais mais claros de melhora do mercado ficaram evidentes nas últimas semanas, com os recentes lançamentos de ofertas de ações. Com a abertura da janela nos últimos dias, com o cenário mais otimista, um grupo de empresas aproveitou para colocar suas transações na rua.

Mercado de ações

A rede de aluguel de carros Localiza, entre outros exemplos, colocou R$ 4,5 bilhões no caixa por meio de uma oferta subsequente (“follow-on”), já pensando em investimentos, em uma operação com alta procura dos investidores. Nesta semana, a BRF lançou sua oferta, que abriu espaço para investimento do fundo árabe Salic e para aumento de posição da Marfrig, somando R$ 4,5 bilhões que prometem acomodar, por ora, a situação financeira da dona das marcas Sadia e Perdigão.

A roda começa a girar novamente e podemos entrar num ciclo de prosperidade” — Eurico Fabri

O caminho escolhido por grandes empresas deverá abrir espaço para as de pequeno e médio portes mais adiante. “As pequenas empresas têm uma dinâmica mais parecida com as pessoas físicas”, compara.

O cenário positivo poderá aliviar a pressão de uma parte das empresas que estão em reestruturação financeira. “Não existe risco não mapeado. Vamos ficar no mesmo patamar de juros por mais dois anos? Não acredito”, diz Fabri. “O segundo semestre pode surpreender positivamente.”

“As empresas não quebram por alavancagem, mas por falta de liquidez”, afirma o chefe do Bradesco BBI, Felipe Thut, banco de investimento e um dos braços que ficam abaixo da estrutura da área de atacado comandada por Fabri. Thut observa que, após um início de ano travado para operações, uma certa normalidade já começa a ser observada, tanto na área de mercado de capitais quanto em emissão de dívida.

Segundo Fabri, há um consenso no mercado de que os juros vão iniciar uma trajetória de queda, algo que deve descomprimir a pressão sobre as empresas, que já começam a ter acesso a captação no mercado de capitais.

Subestimada

O vice-presidente da área de atacado do Bradesco enxerga o Brasil “underrated” (subestimado) e vê espaço para que a nota soberana do país seja reavaliada, depois de um primeiro movimento na perspectiva já feito pela agência de classificação de riscos S&P. E isso será positivo para o mundo corporativo, diz.

Na área de private banking, dedicada aos clientes de alta renda, o mar já se mostra mais calmo, depois dos primeiros meses de um 2023 turbulento. “No primeiro semestre foi um ‘rouba-monte’ no mercado. Com as recentes ofertas, temos visto um fluxo de entrada de recursos”, disse Augusto Miranda, responsável global por esse segmento no Bradesco. Apesar do contexto, segundo o executivo, o banco conseguiu ampliar sua participação de mercado de 19% para 22% entre 2019 até o primeiro semestre deste ano.

Segundo Fabri, a união de todas essas estruturas sob o mesmo guarda-chuva busca aliar sinergias dos diferentes negócios. Um deles, como exemplo, é aproximar o empresário cuja empresa é cliente do Bradesco BBI de sua área de gestão de fortunas, também com atenção voltada para um momento de liquidez.

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