Segunda-feira, 12 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 13 de fevereiro de 2023
A derrubada de três objetos voadores não identificados (Óvnis) sobre Alasca e Michigan, nos Estados Unidos, e no território de Yukon, no noroeste do Canadá, levantaram preocupações de segurança na América do Norte e desataram grande especulação midiática.
Os incidentes acontecem logo em seguida à derrubada de um suposto balão de espionagem da China na Costa Atlântica. Dessa vez, há poucas informações sobre os três últimos objetos derrubados.
O termo Óvni não se refere somente a potenciais extraterrestres, mas sim a qualquer objeto que voe e que não esteja identificado. Atualmente, os EUA utilizam o termo fenômenos aéreos não identificados para se referir ao mesmo tipo de ocorrência.
Perguntado se poderiam ser alienígenas, um general americano primeiro respondeu que “nada está descartado”, mas depois voltou atrás – os EUA disseram não haver suspeitas de extraterrestres, portanto.
EUA e Canadá ainda tentam identificar e recuperar os objetos, mas esses esforços provavelmente serão prejudicados por causa dos locais remotos onde caíram, na costa ártica do Alasca e em um acidentado deserto canadense.
Os incidentes ocorreram uma semana depois que os Estados Unidos explodiram um balão chinês no céu, supostamente equipado com uma antena destinada a identificar a localização de dispositivos de comunicação e capaz de interceptar chamadas feitas nesses dispositivos.
O balão, que atravessou os Estados Unidos por vários dias, marcou mais um capítulo da intensificação da rivalidade entre a China e os Estados Unidos.
Seguem as principais perguntas e o que se sabe sobre os acontecimentos até agora.
– O que aconteceu no Alasca, em Yukon e em Michigan? Na sexta-feira, militares dos EUA derrubaram um objeto voador não identificado (Óvni) sobre o Oceano Ártico, perto do Alasca. Tropas do Comando Norte dos EUA trabalhavam perto de Deadhorse, Alasca, com unidades da Guarda Nacional do Alasca, o FBI e a polícia local para recuperar o objeto e determinar sua natureza, disseram funcionários do Departamento de Defesa.
No sábado, um F-22 americano do Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (Norad, na sigla em inglês), operado conjuntamente pelos Estados Unidos e Canadá, derrubou o objeto sobre o território de Yukon. O Norad enviou caças americanos, aos quais logo se juntaram caças canadenses, para rastrear o objeto.
O F-22 usou um míssil ar-ar Sidewinder para derrubar o objeto sobre o território canadense, o mesmo tipo que foi usado para obliterar os dois objetos voadores anteriores.
Os Estados Unidos derrubaram outro objeto no domingo sobre o Lago Huron, um dos cinco lagos entre Michigan e Ontário, usando um caça F-16 que atirou no objeto com um míssil ar-ar Sidewinder.
– Por que esses objetos foram derrubados mais rápido? O balão espião chinês atravessou o país antes de ser derrubado no início deste mês, permitindo que as autoridades americanas o observassem e coletassem informações. Ele voava a 60 mil pés (18 mil metros) e não representava perigo para as aeronaves.
O objeto acima de Michigan voava a 20 mil pés e era um perigo potencial para a aviação civil. Autoridades americanas e canadenses dizem que os objetos derrubados na sexta-feira e no sábado também voavam mais baixo do que o balão espião, representando um perigo maior para aeronaves civis.
Funcionários do Pentágono também disseram que os destroços do balão espião poderiam atingir pessoas no solo. Mas os outros objetos foram derrubados sobre a água ou em áreas pouco povoadas, minimizando o risco de queda de detritos.
O balão espião também criou um estado de hipervigilância. Embora seja raro os Estados Unidos derrubarem Óvnis, as tensões com a China permaneceram altas depois que o balão foi avistado há quase duas semanas nos céus americanos.
– Como os objetos mais recentes são diferentes do balão chinês? As autoridades americanas não têm certeza de quais são os objetos mais recentes, muito menos de seu propósito ou de quem os enviou. Pequim reconheceu que o primeiro balão, que deflagrou a polêmica, era da China, mas disse que era para pesquisa meteorológica.
John Kirby, porta-voz da Casa Branca, disse que o objeto derrubado perto do Alasca era “muito, muito menor do que o balão espião que derrubamos” e que “a maneira como foi descrito para mim era aproximadamente do tamanho de um carro pequeno, em oposição à carga útil que era de dois ou três ônibus”.
Autoridades americanas e canadenses descreveram o objeto sobre o Yukon como cilíndrico e disseram que também era menor do que o balão espião abatido sobre o Atlântico no fim de semana anterior.
O objeto derrubado no domingo tinha uma estrutura octogonal com cordas penduradas, disseram autoridades dos EUA.
O principal comandante militar que supervisiona o espaço aéreo americano descreveu o balão chinês como tendo cerca de 60 metros de altura e pesando milhares de quilos. As informações são do jornal O Globo e de agências internacionais de notícias.