Quinta-feira, 02 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 27 de maio de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
O Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro devem se unir para fortalecer o Projeto de Lei Complementar do deputado federal Reginaldo Lopes, do PT de Minas Gerais. Pretende que a grave situação econômica dos Estados seja minimizada com os créditos perdidos da Lei Kandir, aprovada em 1996, que desonerou as exportações de produtos primários e semielaborados do pagamento do ICMS. Os prometidos ressarcimentos não ocorreram. O acerto de contas é o caminho para que o governo federal não fique para sempre com a marca de caloteiro.
Não pode ficar assim
A dívida do Rio Grande com a União é de 56 bilhões de reais. Há uma pendência de repasses, de Brasília para a Secretaria da Fazenda do Estado, em torno de 50 bilhões.
No total, os Estados e o Distrito Federal têm a receber 650 bilhões, da Lei Kandir, enquanto débitos com a União são de 603 bilhões de reais.
Erro de avaliação
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, diz que “o País vive pessimismo exagerado na Economia”. Engana-se. A governabilidade sustenta-se na atividade de sua equipe. Porém, na época do balança mas não cai, Sua Excelência não pode esperar otimismo.
Tucanos divididos
O encontro de prefeitos do PSDB em Porto Alegre, hoje, não poderá fugir do tema: a divisão da bancada federal sobre a permanência no governo Temer. O grupo formado por jovens parlamentares na Câmara dos Deputados pressiona a cúpula a entregar imediatamente os cargos nos ministérios e nas estatais. Contrários à ala rebelde estão dirigentes tucanos de larga quilometragem. Seus integrantes querem ganhar tempo para articular uma solução política e unificada da base. Desse modo, seria escolhido um nome para disputar a eleição indireta em conjunto com o PMDB.
Velhos tempos
Notícia publicada a 27 de maio de 2003, espelhando a fase do encantamento: “A executiva nacional do PMDB aprovou o apoio ao governo do presidente Lula no Congresso Nacional. Com a formalização da adesão, o Palácio do Planalto conta agora com maioria folgada para tocar em frente as reformas. São 62 deputados a mais do que o mínimo necessário de 308 para aprovar emenda constitucional.”
Passados 14 anos…
No brete
O governo do Rio de Janeiro corre atrás do empréstimo de 3 bilhões e 500 milhões de reais da União. É o que falta para pôr em dia o pagamento da folha. Pelo projeto aprovado na Assembleia, o aumento de 11 para 14 por cento na alíquota previdenciária dos servidores só poderá ocorrer quando os salários estiverem em dia.
No Rio Grande do Sul, até 2011, a taxa previdenciária dos funcionários públicos era de 11 por cento. Em 2012 passou para 13,25. Desde o mês passado está em 14 por cento.
Termômetro
A primeira pesquisa Datafolha para a sucessão presidencial foi divulgada a 27 de maio de 1987. Realizada nas dez principais capitais, apontou Leonel Brizola em primeiro lugar com 15 por cento; Mário Covas em segundo (4 por cento) e José Sarney em terceiro (3 por cento). Não havia nem sinal de que Fernando Collor entraria na corrida.
Prato indigesto
Maria Silva Bastos não gosta de abacaxi e devolveu a presidência do BNDES.
Visto de longe
Avaliação exata: a revista inglesa The Economist, desta semana, afirma que o presidente Michel Temer é “o homem pendurado” e os proprietários da JBS, “carniceiros que podem acabar com o governo”.
Condição
O pacto nacional necessário é em torno da Constituição. O resto vira casuísmo e beira a golpe.
Incerto e não sabido
O drama nacional chama-se Vendaval de Especulações. Está em todas as rodas que tratam de política.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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