Segunda-feira, 08 de setembro de 2025
Por Redação O Sul | 14 de setembro de 2015
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, informou, na segunda-feira, que o governo pretende criar a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), com alíquota de 0,2%, para elevar a arrecadação e ajudar a fazer superávit primário (economia para pagar os juros da dívida) em 2016. Conforme Levy, a volta do chamado imposto do cheque proporcionará arrecadação de 32 bilhões de reais.
“Foi considerado que, diante de todas as alternativas de tributos, a prorrogação da vigência da lei original de 1996 da CPMF seria o caminho que traria menor distorção à economia”, disse o ministro, em entrevista coletiva na qual foram anunciados cortes no Orçamento de 2016 e medidas para redução de gastos tributários e aumento de receita. Segundo o ministro, o objetivo é que a nova CPMF “não dure mais do que quatro anos”.
O ministro da Fazenda destacou que a CPMF é a opção “com menor impacto inflacionário para levantar uma receita desse vulto” e o tributo que pode ser distribuído de maneira mais equitativa entre diversos setores da economia. As medidas foram anunciadas com o objetivo de atingir superávit primário de 0,7% do PIB (Produto Interno Bruto), soma dos bens e riquezas produzidos em um país, o equivalente a 34,4 bilhões de reais. Com a economia, o governo quer recuperar credibilidade junto aos investidores internacionais.