Quinta-feira, 16 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 20 de janeiro de 2024
Com mais de 40 mil clientes da CEEE Equatorial ainda sem luz após quatro dias desde o temporal de terça-feira (16), Porto Alegre teve um sábado marcado por novos protestos de moradores, em diferentes bairros, contra a demora no restabelecimento do serviço. As manifestações incluíram desde críticas nas redes sociais até atos como o bloqueio de vias públicas.
Os veículos informativo do Grupo Pampa de Comunicação – rádio e TV Pampa, além do jornal e portal O Sul – receberam ao longo do dia uma série de recados via whatsapp, inclusive nas redes sociais. A própria rua Orfanotrófio (bairro Alto Teresópolis), onde está localizada a sede da empresa, voltou a ter o trânsito de veículos interrompido.
Por volta das 18h30min, um grupo de homens e mulheres montou barreira com galhos, tábuas, colchões e outros objetos, no trecho entre o Colégio João 23 e a empresa jornalística. O material foi logo incinerado, gerando uma fogueira que acabou se apagando uma hora depois, devido a uma chuva de curta duração.
Mobilizações semelhantes foram registradas em ruas como a Coronel Aparício Borges (bairro Glória), Guilherme Alves e Paulino Azurenha (Partenon) e avenidas do porte da Baltazar de Oliveira Garcia (Sarandi). Com isso, passam de 80 os protestos desse tipo na capital gaúcha desde o temporal de terça-feira.
Rio Grande do Sul
Boletim atualizado pelo governo gaúcho informa que quase 120 mil pontos em todo o Rio Grande do Sul permaneciam sem luz até as 18h desse sábado (20). O número abrange cerca de 47 mil unidades atendidas pela empresa CEEE Equatorial e outras 72 mil pela RGE Sul.
Ambas as concessionárias projetam para este domingo (21) a normalização dos serviços. A RGE Sul admite, entretanto, que a falta de energia pode persistir por mais tempo em “pontos isolados”, sem detalhar quais.
Já a Corsan garante que o abastecimento de água está normalizado. No entanto, moradores de vários locais ainda enfrentam torneiras secas por conta de questões técnicas relacionadas à própria falta de energia ou outros problemas.
No que se refere a telefonia e internet, as três principais operadoras em atividade no Estado apresentam diferentes situações. A Claro, por sua vez, relata que todas as cidades atendidas pela empresa estão com serviço normalizado, ao passo que a Tim contabiliza 11 municípios ainda com interrupções parciais ou integrais de sinal. Por fim, a Vivo tem 23 cidades nessa situação.
A estatística tem por base dados fornecidos pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema). O órgão atua na intermediação junto aos às concessionárias. Desde o temporal do dia 16, os picos de desabastecimento foram registrados nas horas seguintes ao incidente climático.
(Marcello Campos)