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| Elevação do desemprego empurra milhares de brasileiros para o empreendedorismo

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Dificuldade de se recolocar no mercado acaba levando o trabalhador a abrir uma empresa. (foto: Reprodução)

O perfil batalhador da nova classe média se reflete nos números do empreendedorismo no Brasil, do ano passado para cá. Em plena crise econômica, boa parte das pessoas que perderam o emprego decidiram abrir um negócio próprio. Prova disso é que a taxa de empreendedorismo nascente quase dobrou no País, passando de 3,7%, em 2014, para 6,7% em 2015, segundo o relatório GEM Brasil (Global Entrepreneurship Monitor), divulgado pelo Sebrae.

A microempresária Simone Nigrelli, 46 anos, faz parte dessa parcela da população que não foge à luta. No fim de 2014, ela perdeu o emprego de gerente de banco, após 15 anos de carreira, numa instituição em que começou como atendente de porta de agência.

Sem emprego, com mais de 40 anos, e em meio ao momento difícil da economia, ela decidiu empreender no ramo de fotodepilação. “Usei parte da rescisão trabalhista para comprar uma franquia. Adquiri de outro franqueado, e, no segundo mês, acabei pegando outra unidade. Essas lojas estavam fechando por causa da crise.”

Com a experiência no mercado financeiro, assim que assumiu os negócios, a carioca colocou ordem na casa: “Enxuguei tudo o que podia enxugar, reduzindo as despesas e negociando com os funcionários. E as lojas se reergueram por causa da administração focada em despesas enxutas. Do contrário, não teriam dado certo”.

As chances de não ter sucesso eram grandes. Números do Sebrae mostram como as micro e pequenas empresas são as que mais surgem em tempos de crise, mas também as que mais fecham as portas. “A maioria dessas empresas é de varejo e de prestações de serviços. E esses setores são os mais afetados pela crise”, explica o economista Adriano Pitoli.

Necessidade gera risco
Os empreendedorismos nascente e de necessidade estão intimamente ligados, segundo o Sebrae. Tratam-se de negócios abertos após as pessoas perderem seus empregos, por exemplo. Ou seja, a dificuldade de se recolocar no mercado acaba levando o trabalhador a abrir uma empresa. É exatamente esse o cenário vivido por boa parte da nova classe média.

“Até 2014, o País passou um processo de inserção social. Com a crise, entretanto, as conquistas foram, em parte, prejudicadas. E, com isso, cresceu a proporção do empreendedorismo por necessidade”, afirma Guilherme Afif Domingos, presidente do Sebrae.

Na pressa por empreender, falta capacitação, que influencia na taxa de sobrevivência empresarial. “Entre os que mais fecham as portas, estão os empreendedores com menor grau de escolaridade e menos experiência.” (AG)

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https://www.osul.com.br/elevacao-do-desemprego-empurra-milhares-de-brasileiros-para-o-empreendedorismo/ Elevação do desemprego empurra milhares de brasileiros para o empreendedorismo 2016-12-24
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