Sexta-feira, 25 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 30 de julho de 2022
O mais recente boletim da Secretaria Estadual da Saúde, divulgado neste sábado (30), acrescentou 3.782 testes positivos e 13 mortes à estatística do coronavírus no Rio Grande do Sul. A atualização eleva para mais de 2,64 milhões os contágios confirmados desde o começo da pandemia no Estado, com 40.457 perdas humanas.
Vale explicar que a quantidade de casos conhecidos inclui pessoas infectadas mais de uma vez em diferentes épocas desde a primeira quinzena de março de 2020, quando foram notificadas as primeiras ocorrências. Não há, entretanto, dados oficiais sobre quantos indivíduos se enquadram em tal situação.
Outros dados da pandemia
Dentre os registros de contágio conhecidos até agora no Rio Grande do Sul, em quase 2,58 milhões o paciente já se recuperou (cerca de 98% do total). Outros 24.586 (em torno de 1%) são considerados casos ativos, ou seja, a pessoa está infectada e com possibilidade de transmitir a doença para outros indivíduos.
Esse contingente abrange desde os indivíduos assintomáticos que permanecem em quarentena domiciliar até pacientes graves internados em unidades de terapia intensiva (UTIs).
A taxa média de ocupação por adultos nesse tipo de estrutura hospitalar estava em 88,5% no Estado, contra 89,9% no dia anterior. Esse índice resulta da proporção de 1.768 pacientes para 1.998 vagas, de acordo com dados do painel de monitoramento covid.saude.rs.gov.br.
Já as internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associada à covid chegam a 127.085 (cerca de 5% dos testes positivos realizados até agora). O número diz respeito aos registros desde março de 2020, época das primeiras notificações de casos de coronavírus entre os gaúchos.
As informações podem ser conferidas no portal ti.saude.rs.gov.br, bem como em outras plataformas do governo gaúcho. Os dados estão sempre sujeitos a eventual atraso na atualização, mas proporcionam confiabilidade e passam por revisões constantes.
Vidas poupadas
O governo gaúcho apresentou, no último dia 27, um estudo estimando que mais de 4,2 mil vidas de idosos foram poupadas por ano graças à vacinação contra a covid-19. Para obter esta estimativa, foi comparada a taxa de mortalidade por covid-19 por 100 mil pessoas-ano do grupo com dose de reforço com a taxa do grupo com esquema primário completo há mais de 120 dias (ou seja, com a dose de reforço em atraso).
O dado consta no Boletim Epidemiológico, realizado pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde, vinculado à Secretaria da Saúde, que analisou dois cenários, em três faixas etárias (de 12 a 39 anos; 40 a 59 anos; 60 anos ou mais), sendo a dos idosos a que apresentou o maior número potencial de vidas preservadas em razão da vacinação. O primeiro cenário traz razões de riscos entre taxas de mortalidade por 100 mil pessoas-ano, conforme a situação vacinal, por faixa etária; e o número potencial óbitos evitados caso toda a população estivesse com dose de reforço, em comparação com um cenário no qual toda a população estivesse com esquema vacinal primário completo há mais de 120 dias.
Entre os idosos, o estudo apontou que a razão de riscos para óbito foi 4,4 vezes maior para não vacinados em comparação com vacinados com esquema primário completo sem atraso e 7,7 vezes maior para não vacinados em comparação com vacinados com dose de reforço.
Na faixa dos 12 a 39 anos, conforme o estudo, a razão de riscos para óbitos foi 5,8 vezes maior para os não vacinados em relação aos com esquema primário completo e 6,3 maior para não vacinados comparados a vacinados com dose de reforço. Nesse grupo, o estudo demonstrou que o número potencial de óbitos evitados é de pouco mais de 50 por ano. Já, na faixa dos 40 aos 59 anos, o risco de óbito para quem não tomou vacina e quem teve o esquema primário completo sem atraso é de 5,7 e salta para 11,5 mais para os não vacinados comparados àqueles com dose de reforço, mas mais de 430 óbitos foram evitados com o esquema vacinal.