Sexta-feira, 10 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 4 de agosto de 2015
Apesar de ter declarado que sua boa educação o impediria de fazer um jantar “rival” na mesma noite em que a presidenta Dilma Rousseff reunia seus aliados no Palácio da Alvorada, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), promoveu um encontro com a oposição e governistas na noite de segunda-feira.
E, como previsto, foi uma reunião totalmente anti-Planalto. Isso apesar de contar com a presença de vários líderes de bancadas governistas, que chegaram à casa de Cunha – a cerca de 12 quilômetros do Alvorada – após deixar o jantar de Dilma. “Tinha mais gente no jantar do Eduardo do que no da Dilma”, brincou o oposicionista Paulo Pereira da Silva (SD-SP). O encontro de segunda-feira levou Cunha a cancelar o almoço que faria na terça-feira com seus aliados. De acordo com relatos, o presidente da Câmara acertou com a oposição e com parte da base de Dilma a exclusão do PT dos postos de comando das duas CPIs que têm grande potencial de desgaste para o governo: as que vão investigar supostas irregularidades no BNDES e nos fundos de pensão.
A dos fundos será presidida pelo oposicionista DEM – Efraim Filho (PB) – e relatada por um peemedebista aliado de Cunha, Sérgio Souza (PR). A do BNDES será presidida pelo peemedebista Marcos Rotta (AM) e relatada pelo PR – Márcio Alvino (SP). O oposicionista PSDB ficará com a presidência da uma outra CPI, a de crimes cibernéticos. Cunha é hoje adversário declarado do governo. Ele afirma haver uma dobradinha sigilosa entre o Planalto e o MPF para incriminá-lo na Operação Lava-Jato.