Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por adm | 9 de abril de 2020
A sessão da Câmara dos Deputados terminou, ontem, com oportunidade desperdiçada: deixou de votar a medida provisória que estabelece o sistema denominado verde e amarelo. Seu resumo: a empresa que contrata jovens tem alguns benefícios patronais, como redução de encargos. A proposta desburocratiza e ajuda a obter o primeiro emprego e a experiência profissional. A expectativa é reduzir entre 30 e 34 por cento o custo da mão de obra, criando 1 milhão e 800 mil vagas de trabalho.
São do contra
Para os parlamentares, não há crise no País, todos os jovens estão empregados e sobram vagas. Alguns ainda querem fazer brilhatura, incluindo emendas após longo diálogo e entendimento. É o time do barril de pólvora, que anda com um uma caixa de fósforos no bolso. Atrapalha sempre que possível, na ilusão de que se reelegerão em meio às chamas.
Questão de tempo
O pior sobre a negativa em votar o contrato verde e amarelo: a medida provisória foi editada pelo presidente Jair Bolsonaro em novembro e está em vigor desde 1º de janeiro. Deixará de existir se não for votada até o dia 20 deste mês pela Câmara e pelo Senado.
Sobra lá, falta aqui
Para enfrentar a pandemia, a população não recorre ao Palácio Piratini e muito menos ao Palácio do Planalto. Vai às Prefeituras, que têm recursos reduzidos.
Mais uma vez, evidencia-se o desequilíbrio na distribuição dos tributos recolhidos em todo o País. O governo federal retém 58 por cento e os estados recebem 24 por cento. Para os municípios ficam apenas 18 por cento.
A reclamação sobre o equívoco é antiga, mas qualquer tentativa de mudança acaba freada pelo poder central em Brasília.
Horizonte sombrio
Se a economia cair 2,2 por cento este ano, conforme projeção feita por técnicos dos principais bancos, o Produto Interno Bruto chegará ao patamar de 2011.
Abriu as comportas
Contrariando o que a oposição estava supondo, o governo federal comprovou: a preocupação em conter o avanço da pandemia rapidamente suplantou a tentativa anterior de concluir o ano tendo o orçamento público com déficit contido.
Não dá para desistir
O Tribunal Regional Federal da 1ª Região derrubou, ontem, decisão que havia bloqueado recursos dos fundos partidário (959 milhões de reais) e eleitoral (2 bilhões e 34 milhões de reais), que seriam destinados para o combate ao coronavírus.
Entidades representativas da sociedade precisam entrar com recurso.
Choque a menos
A Agência Nacional de Energia Elétrica usou o bom senso: decidiu adiar a aplicação de reajustes tarifários por três meses em função do cenário atual.
Dinheiro bem aplicado
A abertura do anexo do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, ontem, preenche grande necessidade e completa o ciclo. Em 1931, uma comissão da Faculdade de Medicina de Porto Alegre solicitou ao interventor no Estado, Flores da Cunha, recursos para a construção de um hospital-escola. A pedra fundamental foi lançada em 1943 e a obra entregue para funcionamento em 1972.
A qualidade e a dedicação de suas equipes ganharam notoriedade além das fronteiras do País. Mais uma prova de que o dinheiro público pode ter utilização correta, preservando vidas.
Situação difícil
Jornal Clarin, de Buenos Aires, destaca: “Fome, frio, longas viagens por terra, condições sanitárias insalubres, medo, impotência e espera.” Reportagem relata a situação de brasileiros que estão retidos na Argentina por causa do coronavírus e tentam voltar.
Definido
Os setores mais à esquerda do Partido Democrata estão órfãos desde ontem: Bernie Sanders, pré-candidato, desistiu da corrida e o conservador Joe Biden será o adversário de Donald Trump a 3 de novembro deste ano.
As eleições primárias entre os democratas, percorrendo 50 estados norte-americanos, começaram há dois meses com seis pretendentes.
Em tempo de crise
É preciso suspender a cobrança da taxa de incentivo à ineficiência.