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Política Escritório de filha de ministro do Superior Tribunal de Justiça funciona em imóvel de alvo da Polícia Federal

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Conjunto de salas fica em um prédio comercial em Brasília. (Foto: Divulgação)

O escritório de advocacia da filha de um ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) funciona em um imóvel que pertence a uma empresa investigada pela Polícia Federal por suspeita de corrupção no Judiciário na Operação Sisamnes.

A advogada Catarina Buzzi, filha do ministro Marco Buzzi, ocupa um conjunto de salas em um prédio comercial da região central de Brasília. Os imóveis foram adquiridos por R$ 1,6 milhão em março de 2022 pela Fource, empresa de Cuiabá investigada sob suspeita da compra de decisões do Tribunal de Justiça de Mato Grosso e do STJ.

Compatíveis

Questionada, a advogada afirmou que paga aluguel pelo uso do espaço e disse que os valores são compatíveis com os do mercado, mas não quis apresentar o contrato ou os comprovantes de pagamento. O ministro Marco Buzzi afirmou que “não tem conhecimento das relações comerciais de sua filha”. O sócio da Fource, Haroldo Augusto Filho, não quis se manifestar. A interlocutores, ele afirmou que nunca se beneficiou de decisões do ministro Buzzi.

O conjunto é composto por três salas comerciais contíguas, que totalizam uma área de aproximadamente 120 m². Antes da aquisição, o local pertencia a um outro escritório de advocacia, que realizou reformas e integrou as três salas em uma só.

Conforme as escrituras registradas em cartório, as três salas foram adquiridas pela Fource na mesma data, em março de 2022. Uma delas foi comprada por R$ 902 mil, a segunda custou R$ 431 mil e a terceira, R$ 360 mil. Após a Fource ter comprado os imóveis, o escritório de Catarina Buzzi passou a funcionar lá.

O aluguel de uma área dessas dimensões no mesmo prédio custa ao menos R$ 15 mil mensais, de acordo com anúncios de locação.

Como revelou o Estadão, a Polícia Federal apura vínculos entre o sócio dessa empresa, Haroldo Augusto Filho, com ministros do STJ. Ele já foi acusado pela PF de pagar propina a desembargadores de Mato Grosso e foi alvo de busca e apreensão na primeira fase da Operação Sisamnes, deflagrada em novembro do ano passado.

A PF analisa os diálogos do seu celular e encontrou conversas do empresário com Catarina Buzzi e outros familiares de ministros. Haroldo patrocinou um evento jurídico em Cuiabá, realizado em 2022, que teve como palestrante o ministro Marco Buzzi. Os diálogos obtidos pela PF mostraram que, na ocasião, ele tentou organizar um jantar para o ministro, mas o evento não ocorreu. Nas mensagens, ele afirmou ser amigo da filha do ministro.

Processo

A investigação apura se Haroldo usou a proximidade com Catarina Buzzi para tentar obter benefícios em processos no STJ. Uma das suspeitas é de que a Fource tem atuado em um processo que tramita na relatoria do ministro Marco Buzzi e envolve uma disputa fundiária em Mato Grosso. A Fource não consta como parte, mas um dos advogados que trabalham para a empresa ingressou formalmente nos autos. Buzzi chegou a proferir decisão favorável aos interesses da Fource, mas depois voltou atrás nessa decisão.

Questionado anteriormente, o ministro Buzzi afirmou que não teve nenhum compromisso registrado em agenda com o empresário Haroldo Augusto Filho e disse desconhecer os contratos firmados por sua filha na função de advogada. Em nova resposta à reportagem, o gabinete voltou a negar irregularidades.

“A assessoria de imprensa do STJ informa que a pessoa e a empresa mencionadas na reportagem não integram nenhum processo que esteja sob a responsabilidade do ministro Marco Buzzi. Reitera, ainda, nota anterior, segundo a qual o magistrado não tem conhecimento das relações comerciais de sua filha.” (Com informações de O Estado de S. Paulo)

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