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Economia “Expectativas de inflação estão todas em queda”, diz o presidente do Banco Central

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Movimento pode ser observado a partir de 2020, segundo ele. (Foto: Pedro França/Agência Senado)

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, destacou que as expectativas de inflação implícitas nos títulos públicos estão todas em queda. “Isso significa que existe credibilidade em relação ao que está sendo feito”, disse em palestra virtual no evento Blue Connections.

No evento, Campos reforçou a importância de que a “inflação faça convergência para a meta” para garantir o crescimento econômico.

Na última semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a Selic de 11,75% para 11,25%, sempre em termos anuais. Também disse na ocasião que todos os integrantes “anteveem redução de mesma magnitude (0,5 ponto) nas próximas reuniões”, caso o “cenário esperado” se confirme.

Atualmente, o Copom mira 2024 e, principalmente, 2025 para conduzir a Selic, para os quais a meta é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

A inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), encerrou o ano passado em 4,62%. O BC projeta IPCA de 3,5% para 2024.

A respeito da taxa de juros real no Brasil, ele afirmou que ela “é bastante alta, mas já foi muito mais alta” em relação ao mundo desenvolvido. Agora, está em um nível “abaixo do que era”. Segundo Campos Neto, “há um processo de convergência para outros países”, disse.

Sobre a questão fiscal, Campos destacou a importância de o governo federal “perseguir a meta” de resultado primário estabelecida pelo arcabouço fiscal, “ainda que seja difícil”. De acordo com ele, “isso tem relação com” a condução da taxa básica de juros.

Por fim, afirmou que é “difícil imaginar que a inflação vá cair” globalmente se a inflação de serviços também não diminuir.

Saiba mais

A inflação implícita é um termo utilizado por economistas para designar a diferença entre a taxa de juros nominal (a que está vigente na curva DI) e a real (a taxa nominal com desconto da inflação). Em outras palavras, é a diferença entre a taxa de juros de um determinado contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) e a taxa de um contrato de renda fixa atrelado à inflação, geralmente NTN-B ou Tesouro IPCA+, referente ao mesmo vencimento. O valor desse cálculo pode ser lido como a precificação que agentes de mercado estão colocando para a inflação em determinado período.

Por exemplo: se o DI com vencimento em janeiro de 2026 está em 10,00% e a NTN-B do mesmo vencimento está com uma remuneração de 7% na curva a termo daquele dia, conclui-se que a inflação implícita para o período entre a data de hoje e o primeiro dia de 2026 é de 3%.

A inflação implícita acaba impactando a percepção do mercado em relação à política monetária do Banco Central. Como o BC tem o objetivo de levar a inflação à meta por meio de ajustes na taxa de juros, se as expectativas inflacionárias mudam, é natural que as perspectivas para a Selic também mudem.

Ou seja, medir as expectativas inflacionárias por meio da inflação implícita é uma maneira de colher praticamente em tempo real as projeções do mercado, sem ter de esperar pelo próximo Boletim Focus, já que ela leva em conta as cotações de títulos naquele dia.

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https://www.osul.com.br/expectativas-de-inflacao-estao-todas-em-queda-diz-o-presidente-do-banco-central/ “Expectativas de inflação estão todas em queda”, diz o presidente do Banco Central 2024-02-09
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