Quarta-feira, 15 de maio de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
12°
Partly Cloudy

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Variedades Filmes que cobiçam o Oscar precisarão cumprir critérios de diversidade

Compartilhe esta notícia:

Academia vai formar um grupo para desenvolver diretrizes de diversidade e inclusão. (Foto: Reprodução)

A organização que entrega os prêmios do Oscar disse que formará um grupo para desenvolver diretrizes de diversidade e inclusão que os cineastas terão que cumprir para seus trabalhos serem candidatos às estatuetas.

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, que já foi criticada por homenagear poucos filmes e criadores negros, disse que esta medida e outras representam uma nova fase de um esforço de cinco anos para fomentar a diversidade.

O grupo informou em um comunicado que trabalhará com o Sindicato de Produtores da América para montar uma força-tarefa de líderes da indústria para desenvolver “padrões de representação e inclusão” para elegibilidade aos prêmios Oscar até 31 de julho que “incentivarão práticas de contratação igualitárias nas telas e fora delas”.

As regras não se aplicarão a filmes concorrendo ao Oscar na cerimônia de 2021.

As críticas à academia se intensificaram em 2015 com a hashtag #OscarsTãoBrancos, um protesto contra um ano de concorrentes exclusivamente brancos nas categorias de atuação.

A entidade reagiu em parte dobrando o número de mulheres e negros em suas fileiras de convidados, mas até 2019 só 32% de seus cerca de 8 mil membros eram mulheres e só 16% eram pessoas negras. Novos membros serão anunciados no mês que vem.

“Sabemos que existe muito mais trabalho a ser feito para garantir oportunidades iguais em todo o setor”, disse a executiva-chefe da Academia, Dawn Hudson. “A necessidade de tratar deste assunto é urgente.”

Hollywood vem acertando as contas com a falta de diversidade e a representação do racismo nas telas em meio aos protestos contra a morte de George Floyd. No início da semana passada, o serviço de streaming HBO Max disse que está tirando “… E o Vento Levou”, vencedor do Oscar, de sua programação temporariamente.

O longa-metragem de 1939 sobre a Guerra Civil americana, que venceu oito estatuetas do Oscar, incluindo melhor filme, continua sendo uma das maiores bilheterias de todos os tempos (quando são calculados os ajustes pela inflação), mas sua representação de escravos conformados e heroicos proprietários de escravos é alvo de críticas.

“‘E o Vento Levou’ é um produto de seu tempo e contém alguns dos preconceitos étnicos e raciais que, infelizmente, têm sido comuns na sociedade americana”, afirmou um porta-voz da HBO Max em um comunicado enviado à AFP.

“Estas representações racistas estavam erradas na época e estão erradas hoje, e sentimos que manter este título disponível sem uma explicação e uma denúncia dessas representações seria irresponsável”, completou.

Várias manifestações aconteceram nos Estados Unidos após a morte, em 25 de maio, do afro-americano George Floyd durante uma ação policial, com pedidos de reforma das forças de segurança e da remoção símbolos do legado racista, incluindo alguns monumentos.

O autor de “12 Anos de Escravidão”, John Ridley, escreveu em um artigo publicado no jornal Los Angeles Times que “…E o Vento Levou” deveria ser retirado porque “não fica apenas aquém da representação, mas ignora os horrores da escravidão e perpetua alguns dos estereótipos mais dolorosos das pessoas de cor”.

O filme será disponibilizado novamente na plataforma de streaming que foi lançada recentemente, em uma data ainda a ser definida, junto com uma discussão de seu contexto histórico, informou a empresa.

Mas nenhum corte será feito no longa-metragem, “porque fazer isto seria como dizer que estes preconceitos nunca existiram”.

“Se vamos criar um futuro mais justo, equitativo e inclusivo, nós devemos primeiro reconhecer e entender nossa história”, afirmou a HBO Max.

Recentemente, a Paramount Network anunciou o cancelamento da série “Cops” (“Policiais”, em tradução livre). O programa acompanhou policiais americanos em ação durante mais de três décadas, mas foi acusado de tentar glamorizar alguns aspectos do trabalho policial e distorcer assuntos relacionados à raça.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Variedades

A relação de Meghan Markle com a família real britânica começou a desandar três dias depois do casamento
Rafa Vitti mostra foto fofa da filha, Clara Maria: “Aprendeu a mostrar a língua”
https://www.osul.com.br/filmes-que-cobicam-o-oscar-precisarao-cumprir-criterios-de-diversidade/ Filmes que cobiçam o Oscar precisarão cumprir critérios de diversidade 2020-06-14
Deixe seu comentário
Pode te interessar