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Brasil General desagradou o Supremo ao falar de liberdade de Lula

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Villas Bôas fez declarações contra a “impunidade”. (Foto: Marcelo Camargo/Arquivo Agência Brasil)

Recentes declarações do general Eduardo Villas Bôas incomodaram o STF (Supremo Tribunal Federal). O general disse que o Exército passou por um momento delicado quando a corte votou (e rejeitou) o habeas corpus que evitaria a prisão de Lula. As informações são de Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo.

Na ocasião, o general fez declarações contra a “impunidade”. Agora, diz que sua preocupação era com a “estabilidade” e afirma: “É melhor prevenir do que remediar”.

As frases foram entendidas como uma insinuação de que o Exército poderia ter feito algum tipo de intervenção se Lula ficasse solto.

Alguns magistrados trocaram mensagens entre si lembrando a manifestação do decano do tribunal, Celso de Mello, no julgamento do habeas corpus, em que repeliu o pronunciamento do general.

Sem citar Villas Bôas, ele então disse que, em situações graves, “costumam insinuar-se” pronunciamentos “que parecem prenunciar a retomada, de todo inadmissível, de práticas estranhas (e lesivas) à ortodoxia constitucional, típicas de um pretorianismo que cumpre repelir”.

Mello disse ainda que as declarações lembravam a de Floriano Peixoto, no século 19: “Se os juízes concederem habeas corpus aos políticos, eu não sei quem amanhã lhes dará o habeas corpus de que, por sua vez, necessitarão”.

Questionado, o general Hamilton Mourão, vice-presidente eleito na chapa de Jair Bolsonaro (PSL-RJ), também comentou o fato. Se Lula seguisse solto, diz ele, “seria um ato unilateral do STF. Haveria uma revolta no conjunto da nação. Mas a decisão teria que ser aceita”.

Mourão descarta qualquer risco de politização dos quartéis durante o novo governo — a hipótese é admitida pelo atual comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas.

O general Villas Bôas disse que sempre é possível que “interesses pessoais venham a penetrar” no ambiente militar, o que seria um “risco sério”. “Não concordo”, diz Mourão. “As Forças Armadas vão continuar como sempre estiveram”.

Villas Bôas diz que futuro ministro da Defesa “não poderia ser melhor”

Atual comandante do Exército, o general Eduardo Villas Bôas elogiou, nesta terça-feira (13), a escolha do general da reserva Fernando Azevedo e Silva para ser o novo ministro da Defesa, conforme anunciado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL).

“Estou feliz da vida”, afirmou Villas Bôas, que disse ser amigo particular do novo ministro.

Villas Bôas foi um dos que conversou com Bolsonaro sobre a escolha do novo ministro da Defesa —mas havia sugerido a nomeação de um civil, para que houvesse um “equilíbrio” no governo.

Nesta terça, porém, o comandante elogiou o escolhido, após participar da cerimônia de passagem de comando da 5 Divisão do Exército, em Curitiba.

Para ele, Azevedo e Silva, que comandou a segurança dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, foi chefe do Estado-Maior do Exército, esteve no Haiti e foi ajudante de ordens do presidente, tem experiência militar e política.

“É um homem de muita experiência; foi uma peça chave no desenvolvimento das Olimpíadas. A escolha não poderia ter sido melhor”, afirmou.

O comandante voltou a declarar que o Exército, como instituição, é “apolítico e apartidário”, e não deve se envolver no governo de Bolsonaro.

 

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https://www.osul.com.br/general-desagradou-o-supremo-ao-falar-de-liberdade-de-lula/ General desagradou o Supremo ao falar de liberdade de Lula 2018-11-13
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