Quarta-feira, 13 de agosto de 2025
Por Redação O Sul | 16 de fevereiro de 2024
Em 2020, o governador e o ex-presidente romperam politicamente. A reaproximação, porém, ocorreu no mesmo ano.
Foto: Isac Nóbrega/PRO governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), confirmou que vai comparecer ao ato de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, na avenida Paulista, em São Paulo, em 25 de fevereiro. Apesar de ter protagonizado embates com o ex-presidente durante a pandemia de Covid-19, opondo-se à postura adotada pelo Planalto e apoiando a vacinação, Caiado deixou claro que é aliado político de Bolsonaro.
Em 2020, o governador e o ex-presidente romperam politicamente. A reaproximação, porém, ocorreu no mesmo ano.
“Como aliado político, estarei presente no momento em que o ex-presidente Bolsonaro conclama a população para ouvir seus argumentos. Não é um movimento contra ninguém, é um ato pacífico, como o próprio Bolsonaro fez questão de ressaltar em seu chamamento. Ele quer uma oportunidade para falar ao Brasil e eu estarei ao lado dele¨, disse.
Com a decisão, Caiado se junta ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) que também confirmou presença na manifestação.
Interlocutores que participaram da reunião para organizar a manifestação ao lado de Bolsonaro, em Brasília, dizem que ele garantiu não mencionar Alexandre de Moraes. São de Alexandre de Moraes inquéritos como o Vigilância Aproximada, que teve o cumprimento de mandados de busca e apreensão em casas da família Bolsonaro, e também o Tempus Veritatis, que analisa uma suposta tentativa de golpe de Estado, na qual o ex-presidente teve o passaporte apreendido.
A ida do governador goiano ao ato em São Paulo também é vista como uma estratégia na busca por apoio à uma possível candidatura em 2026.
Caiado já deixou claro que quer concorrer à Presidência da República, e o momento é de articulação para viabilizar a candidatura. Caso confirmada a candidatura, será a segunda vez que Ronaldo Caiado vai entrar na disputa para Presidência. A primeira vez que se candidatou ao cargo foi em 1989, quando Fernando Collor de Mello saiu vitorioso.
O ex-presidente Jair Bolsonaro indicou que não cobrará a presença de todos os aliados no ato da Paulista convocado para o fim do mês. O ex-mandatário do Palácio do Planalto sinalizou que entende a situação delicada, sobretudo eleitoral, de nomes que sairão candidatos nas eleições municipais deste ano.
Bolsonaro não fala em público que irá condicionar a ida ao evento a sua presença nos palanques municipais. Mas outros integrantes do PL dão o recado bem claro.
Para o deputado Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ), a manifestação será “um excelente divisor de águas em ano eleitoral. Esse ato é bom porque vamos separar quem é por nós, e quem não é. Na política, amigos e lealdade se conhecem em momentos como esse”, disse.
Nas palavras de um parlamentar bolsonarista, que esteve com o ex-presidente, Bolsonaro está tranquilo e deixou os aliados à vontade para tomarem uma decisão.