Quinta-feira, 16 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 13 de maio de 2016
O ministro Romero Jucá (PMDB), do Planejamento, afirmou nesta sexta-feira (13) que o governo do presidente em exercício, Michel Temer, quer cortar até 4 mil cargos de confiança e funções gratificadas.
Jucá concedeu entrevista à imprensa ao lado dos ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Ricardo Barros (Saúde), depois da primeira reunião ministerial liderada por Temer.
“Vamos rever a estrutura organizacional dos ministérios. Alguns já foram encerrados ou recepcionados por outros ministérios”, disse o ministro do Planejamento. Segundo ele, o governo tem cargos de confiança e dá gratificação de 51 formas diferentes, o que será revisto. “Queremos em 31 de dezembro de 2016 tenha diminuído 4 mil postos desse tipo de gratificação ou contratação”, disse Jucá.
Segundo ele, isso representa um pouco do que o governo anterior havia anunciado e não havia cumprido. “Isso não resolve a questão do gasto público e meta de déficit, mas é um posicionamento que o governo deve tomar como exemplo para a sociedade”, afirmou.
Reformas na Previdência
O ministro do Planejamento, Romero Jucá (PMDB-RR), também falou sobre a necessidade de reformas na Previdência. Ele não deu detalhes das medidas que serão tomadas, mas disse que o governo não pretende diminuir a remuneração de quem já está aposentado.
Ele citou como medida adotada pelo atual governo em prol de mudanças na área o fato de a Secretaria de Previdência ser incorporada ao Ministério da Fazenda.
“Ontem foi dado passo que considero importante, que foi o posicionamento da Secretaria de Previdência no Ministério da Fazenda. Já se tomou a decisão técnica da maior importância que é construir algo sustentável. Por que queremos uma Previdência sustentável? Porque queremos que o aposentado de hoje e de daqui a 10 anos possa receber na integralidade o que deve receber. Não queremos que aconteça o que aconteceu na Grécia que reduziu pagamento de quem já estava aposentado”, afirmou.
Gastos públicos
Segundo Jucá, o governo sinalizou no início do ano um superávit primário “novamente equivocado”. Ele comentou o envio ao Congresso de uma nova revisão da meta, feito por Temer. A proposta fala em rombo de R$ 96 bilhões em 2016.
“Neste déficit não estão previstos alguns pontos, como a contínua queda de arrecadação e renegociação da dívida com estados, que deverá impactar a dívida federal”, disse ele.
“Deveremos aprovar essa nova meta na próxima semana com as ressalvas para que o processo seja transparente e clarificado. O governo tem que resgatar credibilidade. Portanto, os números que forem definidos e repassados serão os que deverão acontecer. Por isso, não há na data de hoje medidas efetivas anunciadas”, afirmou. (AG)