Quarta-feira, 15 de maio de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Geral Guerra em Gaza: após dura reação internacional, Israel admite “erro grave” no ataque que matou sete trabalhadores humanitários

Compartilhe esta notícia:

O ataque vitimou membros da ONG World Central Kitchen. (Foto: Reprodução)

O comando do Exército de Israel classificou como um “erro grave”, nessa quarta-feira (3), o bombardeio contra um comboio de trabalhadores humanitários que deixou sete mortos na Faixa de Gaza. Autoridades voltaram a prometer uma investigação sobre o caso, um dia após o primeiro-ministro e o presidente do país assumirem a responsabilidade pelo ataque e se desculparem publicamente, em meio a pressão internacional.

O chefe das Forças Armadas de Israel, o general Herzi Halevi, reconheceu, nessa quarta-feira, que o bombardeio do comboio foi “um erro grave”, na mais recente admissão de culpa pelo incidente. Halevi citou um erro de identificação e condições complexas no terreno.

“Foi um erro que ocorreu após um erro de identificação durante a noite, durante uma guerra, em condições muito complexas. Isto não deveria ter acontecido”, acrescentou Halevi.

A organização World Central Kitchen (WCK), do chef hispano-americano José Andrés, para a qual trabalhavam as vítimas do atentado, anunciou a suspensão de suas atividades no território palestino, apesar dos pedidos de desculpas e manifestações de autoridades israelenses.

“Infelizmente, ontem, ocorreu um incidente trágico, as nossas forças atingiram involuntariamente pessoas inocentes na Faixa de Gaza”, declarou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na terça-feira. “São coisas que acontecem numa guerra (…), estamos em contato com os governos e faremos todo o possível para evitar que volte a acontecer.”

O presidente de Israel, Isaac Herzog, conversou com José Andrés e “expressou sua profunda tristeza e sinceras desculpas pela trágica morte da equipe WCK”, afirmou a Presidência israelense, em comunicado.

A WCK revelou a identidade dos sete trabalhadores, que estão sendo tratados como heróis. São eles o palestino Saifeddine Issam Ayad Abutaha, de 25 anos; O australiano Lalzawmi (Zomi) Frankcom, 43; o polonês Damian Sobol, 35; o americano-canadense Jacob Flickinger, 33; e os britânicos John Chapman, 57, James (Jim) Henderson, 33, e James Kirby, 47.

O mea culpa do general Halevi marca uma mudança de tom por parte dos militares de Israel, que durante toda a guerra rejeitaram em grande parte as críticas às suas ações, argumentando que estavam fazendo o necessário para derrotar o Hamas. Aconteceu no momento em que muitos dos aliados mais próximos de Israel expressaram indignação e exigiram explicações para o ataque.

O presidente dos EUA, Joe Biden, disse estar “indignado e com o coração partido” pelas mortes dos trabalhadores humanitários. Em um comunicado, ele escreveu que “Incidentes como o de ontem simplesmente não deveriam acontecer”. A Casa Branca disse estar “indignada” e indicou que enviaria “uma mensagem clara a Israel de que os trabalhadores humanitários devem ser protegidos”. O secretário de Estado, Antony Blinken, disse que os EUA exigiram uma investigação “rápida e imparcial” sobre o ocorrido.

O governo britânico convocou o embaixador israelense para expressar a sua “condenação inequívoca” ao sucedido. Na Polônia, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Andrzej Szejna, disse que Israel deveria “compensar” as famílias das vítimas.

David Cameron, o secretário dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, classificou as mortes dos trabalhadores como “completamente inaceitáveis”, afirmando em um comunicado que “Israel deve explicar urgentemente como isto aconteceu e fazer grandes mudanças para garantir a segurança dos trabalhadores humanitários”.

Diante das críticas, Halevi prometeu que um órgão independente investigaria os assassinatos e que os militares aprenderiam com as conclusões e compartilhariam as descobertas com a World Central Kitchen.

“Israel está em guerra com o Hamas, não com o povo de Gaza”, disse Halevi. “Lamentamos o dano não intencional aos membros do WCK. Compartilhamos a dor das famílias, bem como de toda a organização World Central Kitchen, do fundo de nossos corações.” As informações são da agência de notícias AFP.

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Geral

Brasileiro avança no digital, mas vai ao banco mais que a média mundial
Maduro afirma que bases militares dos Estados Unidos foram instaladas em área disputada com a Guiana
https://www.osul.com.br/guerra-em-gaza-apos-dura-reacao-internacional-israel-admite-erro-grave-no-ataque-que-matou-sete-trabalhadores-humanitarios/ Guerra em Gaza: após dura reação internacional, Israel admite “erro grave” no ataque que matou sete trabalhadores humanitários 2024-04-03
Deixe seu comentário
Pode te interessar