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Colunistas Idade mental de 12 anos!

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Lá se vão doze dias do governo Temer (Foto: Mastrangelo Reino/Folhapress)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

Diante dos fatos resta buscar compreender o processo. Com manifestações espalhadas por todos os cantos deste Brasil varonil, registradas especialmente nas redes sociais as quais apesar do alcance vem como no episódio das ‘Diretas Já’ ignoradas nos noticiários da grande mídia, lá se vão doze dias do governo Temer. Nessa busca podemos nos valer de Noam Chomsky para o qual “Em um estado totalitário não se importa com o que as pessoas pensam, desde que o governo possa controlá-la pela força usando cassetetes. Mas quando você não pode controlar as pessoas pela força, você tem que controlar o que as pessoas pensam, e a maneira típica de fazer isso é através da propaganda (fabricação de consentimento, criação de ilusões necessárias), marginalizando o público em geral ou reduzindo-a a alguma forma de apatia ” (Chomsky, N., 1993)

Como paralisar os movimentos de rua? Ontem o governo interino recuou e aparentemente foi vencido na decisão de eliminar o Ministério da Cultura (MINC). A aparente vitória da classe artística obrigou Temer a cumprir as estratégias mais comuns de manipulação em massa através dos meios de comunicação de massa utilizadas diariamente há dezenas de anos para manobrar massas, criar um senso comum e conseguir fazer a população agir conforme interesses de uma pequena elite mundial.

Distrair, desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio, ou inundação de contínuas distrações e de informações insignificantes. Manter o público ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; como os outros animais.

Criar problemas e depois oferecer soluções. Se cria um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja aceitar. Por exemplo: Deixar que se desenvolva ou que se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas desfavoráveis à liberdade. Ou criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.

Para fazer que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradualmente, a conta-gotas, por anos consecutivos.  Estratégia também utilizada por Hitler e por vários líderes comunistas.  E comumente utilizada pelas grandes meios de comunicação. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato.  O público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “amanhã tudo irá melhorar” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se à ideia da mudança e aceitá-la com resignação quando chegue o momento.

Se alguém se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestionabilidade, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico. Método que permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou injetar ideias, desejos, medos e temores, compulsões ou induzir comportamentos. Manter o público na ignorância e na mediocridade, sendo incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão.

Estimular o público a ser complacente com a mediocridade levando-o a crer que é moda o ato de ser estúpido, vulgar e inculto. Fazer com que o indivíduo acredite que somente ele é culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, suas capacidades, ou de seus esforços. Conhecer aos indivíduos melhor do que eles mesmos se conhecem. Os avanços acelerados da ciência têm gerado uma crescente brecha entre os conhecimentos do público e aqueles possuídos e utilizados pelas elites dominantes. O povo vai acreditar que venceu, na questão do MINC, e vai voltar para o sofá com idade mental de 12 anos. É a velha manipulação em massa. Assim caminha a humanidade!

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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https://www.osul.com.br/idade-mental-de-12-anos/ Idade mental de 12 anos! 2016-05-22
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