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Política Indiciamento de Bolsonaro expõe disputa interna da direita, avalia cientista político

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Para cientista político, o processo reforça o desgaste do ex-presidente e sua família. (Foto: Reprodução)

O indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, de seu filho Eduardo Bolsonaro e do pastor Silas Malafaia pela Polícia Federal (PF) marca uma nova etapa de tensão na cena política e pode redesenhar o campo da direita no Brasil. A avaliação é do cientista político Bruno Silva, diretor do movimento Voto Consciente, em entrevista à Rádio Eldorado.

Segundo ele, o processo reforça o desgaste do ex-presidente e sua família, ao mesmo tempo em que mantém Bolsonaro como figura central para 2026. “Bolsonaro está inelegível, então qualquer estratégia que envolva seu nome na disputa é algo que certamente vai naufragar. Mas ele continua sendo um ator importante, pois mantém apoio de um percentual expressivo da população”, afirmou.

Para Silva, a movimentação expõe contradições entre governadores que se apresentam como presidenciáveis — como Tarcísio de Freitas, Romeu Zema e Ronaldo Caiado — e o entorno do ex-presidente. “Esses nomes querem o apoio de Bolsonaro, mas buscam manter distância dos fatos para não serem prejudicados. É um cálculo político complexo”, explicou. O cientista político avalia ainda que o indiciamento acentua a fragmentação da direita.

Indiciamento

O indiciamento significa que a PF viu fatos suficientes para considerar que o ex-presidente e o deputado licenciado buscaram atrapalhar o processo sobre atos golpistas.

Isso não significa, no entanto, que os dois já sejam réus neste novo inquérito, por coação ou que tenham sido considerados culpados ou inocentes neste caso pela Justiça.

Jair Bolsonaro, no entanto, já é réu em outro caso, o de tentativa de golpe de Estado. O julgamento desta ação está marcado para começar no dia 2 de setembro. Ele aguarda o julgamento em prisão domiciliar.

Portanto, a coação às autoridades faz parte de um segundo inquérito, que ainda não virou uma eventual denúncia da Procuradoria-Geral da República nem, consequentemente, processo penal.

A PF também aponta indícios de que os dois cometeram o crime de tentativa de abolição do Estado democrático de direito, uma vez que suas ações “buscam atingir diretamente instituições democráticas brasileiras, notadamente o Supremo Tribunal Federal e, até mesmo, o Congresso Nacional Brasileiro”.

A PF teve acesso à troca de mensagens em um celular apreendido com Jair Bolsonaro. Segundo o relatório, o material demonstra que o ex-presidente fez “intensa produção e propagação de mensagens destinadas às redes sociais, em afronta à medida cautelar anteriormente imposta”. (Com informações de O Estado de S. Paulo)

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