Armando Burd Jogo complicado

Toda a vez que a bancada governista não vota em bloco, deixando deputados estaduais decidirem sobre projetos conforme disposição pessoal, surgem críticas. A primeira é que alguns ficam com o ônus da impopularidade, quando os temas ferem interesses de grupos.

Fontes do Palácio Piratini alegam que não há intenção de fazer dos parlamentares cucos com controle remoto. Respeitando compromissos de alguns deputados com seus eleitores, não querem que sejam meros apertadores de botões nas votações de plenário.

Essa discussão não tem prazo para terminar.

EXISTE SAÍDA

O grave problema da insegurança pública no Estado só se resolverá com policiamento ostensivo. É preciso saber o número necessário para aumentar o contingente, quanto custará a cada mês e quais os setores vão abrir mão de dinheiro no orçamento.

O resto é blábláblá.

GARANTIA

Ficará para o 2º semestre a votação do projeto do deputado estadual Elton Weber, que garante a posse e a propriedade de terras aos agricultores e pecuaristas familiares. Se for aprovado, eliminará a ameaça de demarcação para fins de formação de territórios indígenas e quilombolas.

SORTE ESTÁ LANÇADA

Aliados de Dilma acusam a oposição de dar sinais de desinteresse após 11 reuniões para ouvir testemunhas. Comprova apenas que cumprem ato formal do regimento interno do Senado. A maioria tem posições definidas e cansou de ouvir repetições.

AO JOGO

Está pronto para ser votado em uma comissão especial da Câmara dos Deputados o projeto que legaliza cassinos, bingos, máquinas de vídeo-bingo e caça níqueis. Empresários estão com dinheiro reservado para fazer de Gramado e Canela o eixo do jogo na região Sul.

É PRECISO PUNIR

Pesquisa nacional mostra: dois em cada três menores infratores não têm pai dentro de casa. Depois que o conceito de paternidade responsável passou a ser visto como comportamento moralista, tudo descambou.

Sem referências, os garotos se atrelam à marginalidade. Pais que abandonam os filhos devem ser enquadrados por ato criminoso.

DIVERGENTE

Nem tudo foi unanimidade no regime militar. A 28 de junho de 1966, o senador gaúcho Mem de Sá renunciou ao cargo de ministro da Justiça, afirmando que não aceitava a escolha do general Costa e Silva para a Presidência da República. Em um trecho da carta enviada a Castelo Branco, Mem de Sá ressalta na indicação de Costa e Silva “a falta de condições mínimas à linha cardial da política de governo”.

RÁPIDAS

* Surgem indicações para o mandato tampão até 31 de janeiro de 2017 na presidência da Câmara dos Deputados: José Fogaça e Esperidião Amin.

* O PMDB é uma república constituída de estados com diferentes bandeiras: José Sarney, Renan Calheiros, Romero Jucá, Eduardo Cunha e por aí vai.

* A Indústria do Carimbo é uma das que mais prospera no País. Usa o princípio: por que simplificar se dá para complicar?

* Certos discursos parlamentares confundem inicio, meio e fim. Sobretudo porque não seguem esta ordem.

* Cunha é um sobrevivente: um amigo seu vai relatar recurso sobre cassação em comissão da Câmara.

* Em ano eleitoral, a paciência dos políticos fica igual à pasta de dentes: sempre sobra um pouquinho.

Voltar Todas de Armando Burd

Notícia Anterior

O trabalho no tempo

Próxima notícia

Folador diz que momento é de união para enfrentar a crise