Sexta-feira, 03 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 26 de maio de 2020
Crianças de menos de 2 anos de idade não deveriam usar máscaras porque estas podem dificultar a respiração e aumentar o risco de sufocamento, disse um grupo médico do Japão, emitindo um apelo urgente aos pais no momento em que a nação começa a sair da crise do coronavírus.
O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, revogou um estado de emergência em Tóquio e outros quatro locais na segunda-feira (25) uma vez que o número de infecções diminuiu em todo o Japão, mas alertou que pode ser readotado se o vírus começar a se espalhar novamente.
Para evitá-lo, especialistas de saúde de todo o mundo estão recomendando que as pessoas usem máscaras quando for difícil manter o distanciamento social enquanto os países relaxam as restrições impostas durante os isolamentos contra o coronavírus.
Mas a Associação Pediátrica do Japão alertou os pais que as máscaras são perigosas demais para crianças pequenas.
“As máscaras podem dificultar a respiração porque crianças pequenas têm passagens de ar estreitas”, o que aumenta a carga de seus corações, disse a associação, acrescentando que as máscaras também aumentam o risco de insolaram para elas.
“Vamos acabar com o uso de máscaras em crianças de menos de dois anos”, disse a entidade em um boletim em seu site.
Ela disse que, até agora, houve muitos poucos casos graves de coronavírus entre crianças, que a maioria delas foi infectada por familiares e quase não surgiram surtos em escolas ou creches.
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) e a Academia Americana de Pediatria também dizem que crianças de menos de dois anos não deveriam usar proteções de tecido no rosto.
Estímulo econômico
As medidas de distanciamento social foram afrouxadas na maior parte do Japão a partir de 15 de maio devido à diminuição das infecções, mas até segunda-feira o governo ainda mantinha Tóquio e quatro outras regiões sob vigilância.
Abe disse em uma coletiva de imprensa que o valor total de dois pacotes de estímulo econômico passará de 200 trilhões de ienes, mas que ainda levará um tempo considerável para se voltar à vida normal enquanto se controla os riscos de infecção.
Ele acrescentou que o país conseguiu manter a infecção de coronavírus sob controle em um mês e meio à sua maneira e que isto mostrou a força do “modelo Japão”.
O ministro da Economia japonês disse aos repórteres mais cedo na segunda-feira que recebeu aprovação de conselheiros destacados para anular o estado de emergência em todas as regiões restantes.
“Embora o estado de emergência vá ser suspenso, é importante expandir a atividade econômica em estágios enquanto estabelecemos um novo modo de viver”, disse Yasutoshi Nishimura, acrescentando que o chefe do conselho consultivo recomendou um monitoramento cuidadoso das prefeituras de Tóquio, Kanagawa e Hokkaido, onde os casos oscilaram. As informações são da agência de notícias Reuters.