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Mundo Médicos acharam dano neurológico em diplomatas retirados de Cuba

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Essa é a evidência mais específica dos misteriosos sintomas apresentados. (Foto: Reprodução)

Médicos que cuidam dos 24 diplomatas americanos que relataram distúrbios auditivos enquanto trabalhavam em Cuba descobriram alterações neurológicas nos cérebros dos pacientes. É o desdobramento mais recente no caso, depois de a versão de ataques sônicos apresentada pelo governo americano ter sido contestada.

Exames obtidos pela agência de notícias Associated Press indicam alterações na massa branca cerebral dos diplomatas – o líquido que permite a comunicação entre várias partes do cérebro. Esse dano é a evidência mais específica dos misteriosos sintomas apresentados pelos diplomatas, que incluem perda de acuidade visual e sonora e desorientação espacial.

Após o caso ter sido descoberto em agosto, relatos de “ataques sônicos” contra os diplomatas foram a justificativa mais usadas para o que os acometeu. As descobertas de médicos das Universidades de Miami e da Pensilvânia, no entanto, indicam, segundo o FBI (a polícia federal norte-americana), que os sons ouvidos pelos diplomatas podem ser sintomas e não as causas do problema.

Autoridades americanas que investigam o caso agora evitam falar de ataques sônicos, mas seguem em busca do que pode ter afetado a saúde de seus diplomatas. Médicos, o FBI e outras agências de inteligência agora tentam montar o quebra-cabeças de o que pode ter acontecido em Cuba. O governo cubano nega qualquer envolvimento no caso. O secretário de Estado Rex Tillerson diz “estar convencido de que houve ataques propositais” contra os diplomatas.

Os médicos conseguiram determinar que o som mais frequente reportado pelos pacientes é agudo e metálico. Alguns deles estavam dormindo e acordaram ao ouvir esse som, com uma sensação similar a de ser golpeados por uma rajada de ar de uma janela aberta. Os diplomatas mais afetados pela misteriosa enfermidade tiveram problemas visuais.

Desde que o problema foi tornado público em agosto, não houve novos casos registrados. Os diplomatas afetados têm tido a saúde monitorada com exames periódicos e provavelmente o farão pelo resto da vida.

“Nunca foi comprovado que ondas acústicas são capazes de alterar tecido cerebral”, diz a professora de engenharia biomédica Elisa Konofagou, da Universidade de Columbia. “Isso me surprenderia muito, a medicina moderna frequentemente usa ultrasons no cérebro sem problemas.”

Cuba nega que tenham havido ataques e pede provas ao governo de Donald Trump de que algum mal tenha acometido os diplomatas. Os exames que evidenciam o impactam a massa branca seriam a primeira delas.

Roupa de mergulho infectada

Novos documentos liberados pelo governo americano sobre o assassinato do ex-presidente John F. Kennedy detalharam planos do governo dos Estados Unidos para matar o então presidente cubano Fidel Castro (1926-2016). Entre as possíveis estratégias para executar o ato, estão a tentativa de fazê-lo usar roupas de mergulho infectadas ou criar uma armadilha explosiva para pegá-lo de surpresa.

A primeira oportunidade da CIA, o serviço de inteligência dos EUA, foi tentar convencer o advogado norte-americano que estava em processo de negociação com Castro a lhe dar um presente que poderia ser fatal. O “mimo”, no caso, seria uma roupa de mergulho infestada com uma bactéria mortal, matando o líder assim que ele a vestisse.

“Era sabido que Fidel Castro gostava de mergulhar”, diz o documento. “O plano da CIA era colocar um pó dentro do traje com um fungo que produz uma substância capaz de causar uma doença de pele, e também contaminando o equipamento com bacilos da tuberculose no aparelho de respiração”.

No entanto, o advogado não topou ajudar no plano e fez exatamente o oposto. Presenteou o líder cubano com “uma roupa de mergulho não contaminada como gesto de amizade”.

Outra estratégia indicava a possibilidade de implantar uma concha marinha que pudesse chamar a atenção de Castro. Mas uma vez que ele se aproximasse do objeto, explosivos dentro dele seriam acionados. O plano, porém, também foi deixado de lado.

“Após uma investigação, determinou-se que não havia concha na área do Caribe grande o suficiente para carregar uma quantidade suficiente de explosivo que fosse espetacular o suficiente para atrair a atenção de Castro”, diz um dos documentos.

 

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https://www.osul.com.br/medicos-acham-dano-neurologico-em-diplomatas-retirados-de-cuba/ Médicos acharam dano neurológico em diplomatas retirados de Cuba 2017-12-08
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