Domingo, 08 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 26 de abril de 2023
A PF (Polícia Federal) pretende trazer Thiago Brennand algemado pelas mãos e pelos pés. A medida é negociada por conta do histórico de violência do empresário e herdeiro, acusado de estupro, agressão, cárcere privado e ameaça. Ele foi preso nos Emirados Árabes no dia 17 e deve ser extraditado nos próximos dias.
Um delegado, dois agentes da Polícia Federal e um escrivão da Interpol treinado em jiu-jítsu fazem parte da equipe que vai transportar Thiago Brennand ao Brasil. Ao chegar, ele será levado para um Centro de Detenção Provisória de São Paulo, onde cumprirá prisão preventiva.
A direção da PF está em contato com o Itamaraty para o recebimento imediato da autorização de extradição. A intenção é que a equipe que irá buscar o empresário consiga embarcar o quanto antes.
Questões de segurança são tratadas internamente entre a PF, a polícia dos Emirados Árabes e a companhia aérea. O processo avançou na manhã desta quarta-feira (26), após a Embaixada do Brasil em Abu Dhabi receber o comunicado do governo dos Emirados Árabes Unidos autorizando a extradição.
Nas redes sociais, Thiago se apresenta com fotos vestindo faixa preta e divulga um suposto diploma de professor de jiu-jítsu formado no Rio de Janeiro em dezembro de 2019.
Ele é acusado de estupro, agressão, cárcere privado e ameaça. Durante a prisão, Brennand resistiu, disse que era inocente e que estava sendo injustiçado.
A inteligência da polícia dos Emirados Árabes agiu rápido porque desconfiou que o empresário fosse tentar fugir para a Rússia, onde o empresário tem amigos e já morou antes da pandemia.
Brennand detido
– Detido em um hotel em Abu Dhabi, Brennand também disse que estava sendo injustiçado.
– No dia 15, autoridades dos Emirados Árabes Unidos aprovaram o pedido de extradição de Brennand.
– Há cinco mandados de prisão preventiva em território brasileiro contra o empresário, por acusações de agredir uma modelo, sequestrar, tatuar, estuprar uma segunda mulher e estuprar uma jovem e uma miss.
Sensação de justiça
Marcio Cezar Janjacomo, advogado que representa 12 vítimas de Brennand, disse que as clientes estão com a sensação de justiça. “Nenhuma delas estava acreditando mais na Justiça. Estavam desiludidas, porque ‘poxa vida, não prendem, não acontece’, enfim. Estão todas muito felizes com o resultado”, disse.
O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mário Sarrubbo, que atuou no caso, disse que, depois que Brennand chegar ao Brasil, será levado a um Centro de Detenção Provisória e que a Polícia Civil assumirá as investigações. As informações são do portal de notícias G1.