Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 17 de agosto de 2020
Mendonça também havia determinado a abertura de uma sindicância para apurar as circunstâncias da elaboração do relatório.
Foto: Marcello Casal Jr/Agência BrasilO Ministério da Justiça e Segurança Pública informou nesta segunda-feira (17) que enviou à PGR (Procuradoria-Geral da República) e ao STF (Supremo Tribunal Federal) documentos sobre o suposto dossiê com dados de servidores públicos opositores ao governo.
A documentação enviada a STF e PGR seria a mesma que já foi entregue, na última semana, à Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso Nacional. O material segue sob sigilo.
O governo não confirmava até então a informação de que o relatório contém dados de quase 600 servidores ligados a movimentos antifascistas.
Foi anunciada pelo ministério a criação de um grupo de trabalho para elaborar e instruir: a Política Nacional de Inteligência de Segurança Pública; a Estratégia Nacional de Inteligência de Segurança Pública; e o Plano Nacional de Inteligência de Segurança Pública.
O grupo terá 60 dias para concluir os trabalhos, a partir da designação dos membros, que são, integrantes do governo federal ou das secretarias estaduais de segurança.
“Por fim, o Ministério da Justiça e Segurança Pública reitera seu compromisso com o aperfeiçoamento contínuo da atividade de inteligência de segurança pública como instrumento de proteção e defesa da sociedade e do Estado”, diz a nota do ministério.
Relatórios ao Congresso
Na última terça-feira (11) o ministério informou em nota que entregou à Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso Nacional “informações e documentos necessários para a realização da atividade de controle e fiscalização externos da atividade de inteligência”.
O ministro André Mendonça, prometeu, em reunião no dia 7 de agosto, com deputados e senadores da comissão, entregar aos parlamentares o relatório sigiloso sobre 579 servidores públicos da área de segurança identificados como integrantes do movimento antifascismo e opositores do governo Jair Bolsonaro.
Após a revelação da existência do documento, Mendonça determinou a abertura de uma sindicância para apurar as circunstâncias da elaboração do relatório. Ele também substituiu o então diretor do órgão, Gilson Liborio.