Sexta-feira, 20 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 3 de junho de 2019
O Ministério Público abriu inquérito para examinar as ações da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) na fiscalização da venda de um aparelho capaz de piratear TV por assinatura. Conhecido como HTV Box, o produto está nas vitrines de grandes centros de compras de eletrônicos, como a rua Santa Ifigênia, em São Paulo. Também pode ser encontrado em sites e até em supermercado. As informações são da coluna Painel, do jornal Folha de S.Paulo, e do jornal Valor Econômico.
A agência reguladora afirma que, nas últimas semanas, fez reunião para orientar varejista e lacrou produto sem homologação.
Ao trabalho
A Anatel diz que sua gerência regional no Rio fez uma reunião em parceria com a Ancine e a Polícia Federal, no fim do mês passado, para orientar a rede Carrefour a adotar medidas que evitem a exposição de produtos não homologados em suas lojas e no comércio eletrônico.
TV aberta
Segundo a agência reguladora, a reunião foi convocada depois que veio à tona a notícia da venda, em uma loja da varejista, de um aparelho que prometia acesso a mais de 8.000 canais de TV paga, além de filmes e séries de sucesso.
Pirata
“A rede de supermercados esclareceu que a venda dos produtos era feita em um quiosque operado por um terceiro e retirou de suas lojas todos os equipamentos piratas”, afirma a Anatel.
Pelo ralo
A ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura) estima que o setor perca R$ 9 bilhões em receitas para a pirataria por ano. Em arrecadação de impostos para os governos seria algo em torno de R$ 1,2 bilhão.
TV Fechada
A base de assinantes recuou para o mesmo patamar de 2013, de acordo com a ABTA. Pirataria e crise são as maiores ameaças ao setor atualmente, afirma a entidade.
Desaceleração
A desaceleração no segmento de TV por assinatura continua no Brasil. Em abril, o país registrou 17,07 milhões de domicílios com o serviço. Isso significa que 899,36 mil residências cancelaram o serviço em um ano, uma queda de 5% em relação a igual mês de 2018. As informações são da Anatel. Só em abril de 2019 houve 168,9 mil cancelamentos de contratos do serviço.
Entre as grandes operadoras de TV por assinatura, só a Oi registrou crescimento nos 12 meses (4,03%), com a adição de 61,6 mil residências no período. A companhia detém a terceira maior participação de mercado (9,32%).
As demais operadoras tiveram retração. No topo do ranking, a Claro ficou com 8,34 milhões de assinaturas – 6,88% menos que há um ano e 48,85% de participação de mercado.
Com 5,12 milhões de clientes, a Sky encolheu 2,9% e ficou com uma fatia de 29,97% do mercado. Já a Vivo, com participação de 8,8% no mercado, recuou 6,09%, para 1,5 milhão de assinantes.