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Mundo No G20, ministra das Relações Exteriores da Alemanha discute crise diplomática entre Brasil e Israel e defende pausa humanitária

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Annalena Baerbock defendeu a importância de garantir a segurança de civis israelenses e palestinos. (Foto: Reprodução)

Entre as autoridades que vieram ao Rio para a reunião do G20 no Brasil está a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock. A chefe da diplomacia alemã comentou a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Sila comparando a ofensiva israelense em Gaza e o extermínio de judeus na Segunda Guerra. Ela ressaltou que o Holocausto “não pode ser comparado a nada”. Apesar de negar a viabilidade da comparação, Baerbock ponderou que os conflitos podem ser percebidos de formas diferentes ao redor do mundo e defendeu a importância de garantir a segurança de civis israelenses e palestinos.

“Precisamos urgentemente de uma pausa humanitária que leve a um cessar-fogo sustentável, porque o sofrimento da população de Gaza é insuportável. Do meu ponto de vista, somente isso nos permitirá finalmente criar a paz para ambos, e é importante que discutamos no G20 como podemos progredir”, disse Annalena.

A chanceler alemã relatou que esteve no Oriente Médio cinco vezes desde 7 de outubro, quando o Hamas atacou brutalmente mulheres e crianças em Israel. Ainda há alemães no cativeiro do Hamas, um bebê de 1 ano, uma criança de 4 anos e, ao mesmo tempo, “a estratégia desses terroristas é abusar das pessoas em Gaza como escudos humanos, e vemos que, infelizmente, esse roteiro está funcionando. É por isso o meu apelo urgente de quando estive em Israel na semana passada, para que o governo israelense lute contra os terroristas e não contra a população”.

Guerra da Ucrânia

A ministra alemã afirmou que a maneira mais fácil de finalmente alcançar a paz, e esse tem sido seu esforço há dois anos, seria Putin retirar suas tropas da Ucrânia. Sem nenhuma razão, ele enviou todo o seu Exército para um país livre e soberano.

“A melhor solução seria ele retirar suas tropas do Leste da Ucrânia, onde pessoas foram torturadas em porões e onde o Comitê Internacional da Cruz Vermelha ainda não tem permissão para ir. E esses mísseis brutais estão ameaçando atacar escolas e hospitais na capital, Kiev. Esse apelo é um apelo de todos os países do mundo, porque todos os países do mundo estão sofrendo os efeitos dessa guerra brutal de agressão. Os preços dos alimentos subiram vertiginosamente. Podemos ver que os custos de energia subiram, e é por isso que o maior desejo de todos nós é a paz. Infelizmente, Putin não está preparado nem para falar sobre isso”.

Representação

A chanceler alemã afirmou que países da África e da América Latina estão mal representados em organismos internacionais. “Infelizmente, as instituições internacionais refletem o mundo do século passado, o que é profundamente injusto. Especialmente nas grandes instituições financeiras, como o Banco Mundial e o FMI, a maioria dos Estados não está representada. Como resultado, sempre temos uma alternância entre a Europa e os americanos nas presidências, o que é injusto”.

Annalena explicou que tanto a Alemanha como a União Europeia querem mudar isso, também no Conselho de Segurança.

“Trabalhamos em conjunto com o Brasil e também com a África do Sul. Também estamos trabalhando com a Índia e com outros países para deixar claro que o Conselho de Segurança da ONU não reflete mais o mundo de hoje e que é fundamental avançar nesse sentido. Tivemos um pequeno sucesso no ano passado no G20, e eu, pessoalmente, fiz uma grande campanha para isso dentro da UE. A União Africana finalmente tem um assento permanente na mesa do G20 e isso agora deve ser expandido nas instituições financeiras, mas também na ONU em Nova York”, relatou a ministra das Relações Exteriores da Alemanha.

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https://www.osul.com.br/no-g20-chanceler-alema-discute-crise-diplomatica-entre-brasil-e-israel-e-defende-pausa-humanitaria/ No G20, ministra das Relações Exteriores da Alemanha discute crise diplomática entre Brasil e Israel e defende pausa humanitária 2024-02-22
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