Quarta-feira, 13 de agosto de 2025
Por Redação O Sul | 8 de fevereiro de 2016
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
No Carnaval de 1952 foram lançadas inúmeras marchinhas como Sassaricando, de Candeias Júnior, e Confeti, de David Nasser e Jota Júnior. Porém, a que mais sucesso atingiu foi Maria Candelária, composição de Armando Cavalcanti e Klecius Caldas. A letra critica de forma bem humorada uma mulher que se vale de privilégios, a partir da proteção de políticos de prestígio. A letra Ó indicava os funcionários mais bem pagos.
Klécius relatou: “O nome Maria Candelária foi inspirado no maior ponto de ônibus do Rio. Ficava ao lado da Matriz da Candelária e levava os funcionários públicos para casa, ocasionando filas imensas. Isto acontecia no ano começo da década de 1950, quando o velho Rio de Janeiro era o Distrito Federal, com todas as autarquias e repartições públicas. Brasília não tinha ainda um tijolo sequer. A Maria Candelária esteve novamente em foco quando no Brasil foi deflagrada mais uma inútil campanha antimarajás, durante a campanha eleitoral de 1989”.
A gravação mais famosa de Maria Candelária foi com Blecaute, nome artístico de Otávio Henrique de Oliveira, nascido em 1919 no Rio de Janeiro. No Carnaval de 1949, tinha se consagrado com as marchinhas O Pedreiro Valdemar e General da Banda.
Eis a letra do sucesso de Cavalcanti e Caldas:
Maria Candelaria
É alta funcionária
Saltou de paraquedas
Caiu na letra ó,ó,ó
Começa ao meio dia
Coitada da Maria
Trabalha,trabalha
Trabalha de fazer dó.
À uma vai ao dentista
Às duas vai ao café
Às três vai à modista
Às quatro assina o ponto e da no pé
Que grande vigarista que ela é.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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