Terça-feira, 06 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 6 de outubro de 2022
Um novo vírus de computador virou ameaça para perfis em redes sociais e cartões de crédito. Chamado de NullMixer, ele é responsável por roubar dados pessoais como endereços, credenciais, cartões de crédito, criptomoedas e até senhas de redes sociais. Segundo a empresa de cibersegurança Kaspersky, a praga já atingiu cerca de 10 mil brasileiros, o que representa mais de 20% das 47,5 mil vítimas desse golpe ao redor do mundo.
Esse vírus é considerado perigoso porque ele pode realizar a instalação de incontáveis programas maliciosos em equipamentos, dando acesso a todos os dados da máquina para cibercriminosos. Apesar disso, sua transmissão é clássica: ocorre a partir da instalação de programas piratas, baixados de links na internet.
“Tudo parece normal, como se o indivíduo estivesse realmente prestes a fazer o download do software. No entanto, seguindo as instruções, a pessoa inicia o NullMixer, que lança vários arquivos de malware na máquina infectada”, sinaliza a Kaspersky.
Para garantir que incautos irão clicar nos links contaminados, cibercriminosos utilizam de técnicas profissionais para se manter no topo dos sites de pesquisa. Dessa maneira, para se proteger do NullMixer, a Kaspersky recomenda que os usuários apenas instalem programas com origem em sites confiáveis – vale a máxima: nunca clique em links suspeitos.
Para garantir proteção, a companhia recomenda aos usuários verificar sempre suas contas em busca de transações desconhecidas, além, é claro, de utilizar software antivírus.
Preconceito na IA
Os temores de Yacine Jernite em relação ao preconceito na inteligência artificial (IA) foram claramente confirmados em 2017, quando um erro de tradução do Facebook levou a polícia israelense a prender um trabalhador da construção civil palestino. O homem postou uma foto dele encostado em um trator de esteira com a legenda, em árabe, “bom dia”. O Facebook traduziu a expressão erroneamente para o hebraico como “ataque-os”.
Agora Jernite, 33, está tentando conduzir a IA por um caminho melhor. Depois de deixar o Facebook, ele se juntou à BigScience, iniciativa global que conta com mil pesquisadores em 60 países para desenvolver uma IA mais transparente e responsável.
A iniciativa treinou um sistema de computador com dados adequados que foram selecionados por humanos de diferentes culturas. A IA resultante, chamada BigScience, foi lançada em 12 de julho para que os pesquisadores a estudassem.
Financiada em parte pelo atual empregador de Jernite, uma startup chamada Hugging Face, a BigScience também recebeu doações do governo francês para usar o supercomputador Jean Zay fora de Paris – recursos que Jernite disse terem lhe permitido evitar as “escolhas por conveniência” que assolam as gigantes da tecnologia.
“As gigantes não se importam com os dados. Eles apenas usam o que for mais fácil”, afirma Maarten Sap, professor do Instituto de Tecnologias de Linguagem da Universidade Carnegie Mellon.
Por outro lado, Jernite ajudou a recrutar comunidades de falantes nativos, começando com oito idiomas falados com frequência e que também representam uma ampla faixa do globo, entre eles estão árabe, chinês e espanhol. Eles escolheram a dedo mais de 60% do conjunto de dados de 341 bilhões de palavras que foi usado para treinar a IA.