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Mundo O Brasil e os Estados Unidos não assinarão acordos na cúpula do clima

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Presidente e ministros participaram de reunião virtual com representantes do setor produtivo em evento organizado pelo presidente da Fiesp, Paulo Skaf. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Brasil e Estados Unidos não devem assinar nenhum um acordo bilateral formal durante a cúpula do clima, convocada para pelo presidente americano, Joe Biden, que começa na semana que vem. Segundo diplomatas envolvidos nas negociações, um eventual acordo pode ser realizado no futuro, mas, no momento, os dois países realizam apenas “conversas exploratórias” para chegar a convergências possíveis.

No governo brasileiro, a informação é que não havia expectativa de um anúncio conjunto entre os dois países e não haverá acordo bilateral com outros líderes mundiais. Biden convidou 40 líderes para a reunião, que tem como principal objetivo mostrar que os EUA estão de volta ao debate climático e querem liderar a discussão. Com Donald Trump, que questionava o consenso científico sobre aquecimento global, os americanos se retiraram do Acordo de Paris.

A Casa Branca também quer preparar terreno para a COP26, a cúpula climática da ONU, que ocorrerá em novembro em Glasgow (Escócia). Na semana que vem, Biden deve abrir a reunião e anunciar novas metas ambientais dos EUA, para então ouvir os outros líderes sobre o que cada um deles pretende fazer para avançar de maneira mais ambiciosa na redução das emissões de gases de efeito estufa. Cada um deve falar por três minutos. As bases da fala de Jair Bolsonaro tendem a ser as mesmas da carta enviada a Joe Biden esta semana.

Desde fevereiro, a equipe do enviado especial para clima do governo americano, John Kerry, tem reuniões virtuais semanais com o time do Ministério do Meio Ambiente brasileiro. Kerry e Ricardo Salles também já conversaram. O fluxo de diálogo entre os dois países tem sido satisfatório, segundo os envolvidos nas negociações, ainda que os americanos esperam compromissos mais ambiciosos por parte do Brasil.

Pedido de verba

A uma semana da cúpula do clima organizada pelo governo de Joe Biden, o presidente Jair Bolsonaro enviou uma carta para convencer a Casa Branca de que está comprometido com a preservação ambiental. Mas o recado, que repete o pedido constante do governo brasileiro por pagamentos por serviços ambientais, não mudou a percepção na capital americana. Biden e seus assessores ainda esperam ver ações concretas e imediatas de Bolsonaro, e não apenas promessas.

Os termos do que o Brasil pretende apresentar na reunião de líderes mundiais convocada por Biden, para os dias 22 e 23, estão no documento enviado de Brasília a Washington. Bolsonaro se compromete a eliminar o desmatamento ilegal até 2030, algo que já constava no Acordo de Paris, do qual o Brasil é signatário.

Segundo o presidente, no entanto, alcançar esta meta “exigirá recursos vultosos e políticas públicas abrangentes, cuja magnitude obriga-nos a querer contar com todo o apoio possível, tanto da comunidade internacional, quanto de governos, do setor privado, da sociedade civil e de todos os que comungam desse nobre objetivo”, diz a carta.

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