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Geral O Carrefour disse que o 20 de novembro foi o dia mais triste de sua história, e o presidente global do grupo ordenou a revisão do treinamento dos funcionários

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Espancamento aconteceu durante abordagem de seguranças em supermercado Carrefour, em Porto Alegre. (Foto: Reprodução de vídeo)

Após a repercussão do caso de João Alberto Silveira Freitas, homem negro de 40 anos que foi morto por dois seguranças em uma filial da sua rede de supermercados em Porto Alegre, o Carrefour divulgou uma nota no sábado (21) declarando que o dia 20 de novembro foi “o mais triste da história” da empresa e afirmando que todo o resultado das vendas das lojas Carrefour Hipermercados do dia 20 será doado para entidades ligadas à luta pela consciência negra.

O dia 20 de novembro, que deveria ser marcado pela conscientização da inclusão de negros e negras na sociedade, foi o mais triste da história do Carrefour. Palavras não expressarão nossa angústia com a brutalidade”, diz o comunicado.

Ainda segundo a nota, “nada trará a vida de João Alberto de volta, mas estamos certos de que este momento de profundo pesar se converterá em ações concretas que impedirão que tragédias como essa se repitam”.

João Alberto Silveira Freitas morreu após ter sido espancado por dois seguranças em um supermercado, na zona norte de Porto Alegre, na última quinta-feira (19), véspera do Dia da Consciência Negra. Segundo o IGP-RS (Instituto-Geral de Perícias do Rio Grande do Sul), o corpo foi submetido a necropsia e, “após extensiva análise, foi liberado para a família. Análises iniciais apontam para asfixia como causa mortis mais provável. A conclusão não é definitiva, pois existem exames laboratoriais em andamento”.

Na noite do sábado (21), o presidente do Carrefour no Brasil, Noel Prioux, se manifestou. Em vídeo divulgado pela empresa nas redes sociais, Noel afirma: “O que aconteceu na loja do Carrefour foi uma tragédia de dimensões incalculáveis, cuja extensão está além da minha compreensão como homem branco e privilegiado que sou”.

Se uma crise como essa es acontecendo conosco, é porque temos a responsabilidade de mudar isso na sociedade. A morte de João Alberto não pode passar em vão. E é por isso que assumimos hoje o compromisso de ajudar a combater o racismo estrutural”, diz.

O presidente global do Grupo Carrefour, Alexandre Bompard, também se manifestou sobre o caso de João Alberto Silveira Freitas. Em uma postagem publicada na sexta-feira (20), em seu perfil no Twitter, o executivo pediu a revisão do treinamento de funcionários e terceiros “no que diz respeito à segurança, respeito à diversidade e dos valores de respeito e repúdio à intolerância”.

Em sua publicação, Bompard afirma: “Em primeiro lugar, gostaria de expressar meus profundos sentimentos, após a morte do senhor João Alberto Silveira Freitas. As imagens postadas nas redes sociais são insuportáveis. Eu pedi para as equipes do Grupo Carrefour Brasil total colaboração com a Justiça e autoridades para que esse os fatos deste ato horrível sejam trazidos à luz”.

Segundo ele, “medidas internas foram imediatamente tomadas pelo Grupo Carrefour Brasil, principalmente em relação à empresa de segurança contratada. Essas medidas são insuficientes. Meus valores e os valores do Carrefour não compactuam com racismo e violência. Espero que o Grupo Carrefour Brasil se comprometa, além das políticas já implantadas pela empresa”.

Peço, neste sentido, que seja realizada uma revisão completa das ações de treinamento dos colaboradores e de terceiros, no que diz respeito à segurança, respeito à diversidade e dos valores de respeito e repúdio à intolerância. Esta revisão será acompanhada de um plano de ação definido com o suporte de empresas externas para garantir a independência deste trabalho”, finalizou Bompard.

Segundo a chefe de Polícia do RS, delegada Nadine Anflor, os dois seguranças foram presos em flagrante e autuados por homicídio triplamente qualificado, por motivo fútil, asfixia e recurso que dificultou a defesa da vítima, e mais duas pessoas serão investigadas ao longo do inquérito.

Entre os suspeitos de envolvimento do crime, está um PM (policial militar) temporário, que estava fora do horário de serviço policial. De acordo com comandante-geral da Brigada Militar, coronel Rodrigo Mohr Picon, a função de um PM temporário é restrita, conforme a legislação, à execução de serviços internos, atividades administrativas e de videomonitoramento.

Ele não está no vínculo com o Estado e deve responder a um PAD (processo administrativo disciplinar) demissionário e deve ser retirado da corporação e responder civilmente pelo crime”, afirmou o comandante da Brigada Militar.

 

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