Sexta-feira, 13 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 25 de março de 2018
O presidente da Academia de Hollywood, John Bailey, quebrou o silêncio após as alegações de assédio, que levaram a organização a investigar o caso, conforme informou no sábado a revista Variety. Ele negou categoricamente as acusações de assédio sexual.
Em uma nota dirigida ao pessoal da Academia, que é responsável pela premiação do Oscar, Bailey desmentiu as denúncias que pesam sobre ele e afirmou que nunca se comportou de maneira inadequada com mulheres.
“É dito que tentei tocar uma mulher inapropriadamente enquanto ambos estávamos em uma caminhonete num estúdio cinematográfico. Isso não aconteceu”, escreveu Bailey no comunicado dirigido aos trabalhadores da Academia.
Bailey, que tem 75 anos e é diretor de fotografia, foi eleito presidente da Academia de Hollywood em 8 de agosto do ano passado e sucedeu no cargo Cheryl Boone Isaacs.
“As notícias dos veículos de imprensa que descrevem múltiplas queixas feitas à Academia sobre mim são falsas e só serviram para manchar minha carreira de 50 anos”, acrescentou Bailey em sua nota.
Segundo adiantou a revista “The Hollywood Reporter”, o secretário da Academia, David Rubin, está à frente de uma subcomissão que investiga as acusações contra Bailey.
Devido aos vários escândalos sexuais revelados recentemente em Hollywood e que impulsionaram os movimentos “Me Too” (“Eu também”) e “Time’s Up” (Tempo esgotado), a Academia decidiu em outubro do ano passado expulsar Harvey Weinstein, o poderoso produtor cinematográfico que é acusado de abuso sexual por dezenas de mulheres.
Em outubro, Bailey garantiu aos integrantes de Academia que investigaria casos semelhantes. Ele disse que a organização não desempenharia o papel de “corte da inquisição”, mas que apoiaria os “vulneráveis”.
Além disso, a Academia adotou em janeiro deste ano um novo código de conduta sobre o assédio e os comportamentos inadequados no local de trabalho.
Se Bailey for suspenso ou removido da Academia será substituído pela vice-presidente e maquilhadora Lois Burdwell.
A investigação está a ser realizada por um subcomitê da Academia, liderado pelo diretor de elenco David Rubin, mas a entidade divulgou que trata todas as queixas em confidencialidade para proteger todos os envolvidos.
Bailey disse estar confiante sobre uma resolução positiva da história, mesmo que não seja possível “cancelar os danos das notícias falsas relatadas pela mídia”.
A trajetória de John Bailey como diretor de fotografia inclui, entre outros, filmes como “Gente Como a Gente” (1980), “Feitiço do Tempo” (1993) e “Melhor É Impossível” (1997).