Por Redação O Sul | 3 de novembro de 2020
O centro de análise de terrorismo do Reino Unido (Jtac, na sigla em inglês) do Reino Unido elevou o risco de ataque para severo nesta terça-feira (3), segundo o jornal “The Guardian”.
Esse não é o nível mais alto. As categorias são as seguintes:
– Baixo: ataque é altamente improvável;
– Moderado: um ataque é possível, mas não é provável;
– Significativo: um ataque é provável;
– Severo: um ataque é altamente provável;
– Crítico: um ataque no futuro próximo é provável.
Em novembro do ano passado, o Jtac havia baixado o nível do alerta. Em agosto de 2014, o nível foi elevado para severo.
Em maio de 2017, houve bombas durante um show na Arena de Manchester. Na ocasião, elevou-se o risco para crítico. Em novembro do ano passado, ele voltou a ser substancioso.
Nas redes sociais, os muçulmanos radicais têm atacado o presidente da França, Emmanuel Macron, que tem defendido valores do iluminismo após a morte do professor Samuel Paty.
A mudança no Reino Unido acontece após ataques deixarem quatro vítimas na cidade de Viena, na Áustria.
O Estado Islâmico reivindicou os ataques coordenados na noite de segunda (2) em Viena, na Áustria. Nesta terça-feira, as autoridades austríacas já haviam afirmado que o autor do atentado era um simpatizante do grupo terrorista e natural da Macedônia do Norte. Ele foi morto pela polícia.
Uma grande parte do centro de Viena ainda estava isolada na manhã desta terça, com a perícia trabalhando nos locais dos ataques.
A série de tiroteios começou perto de uma sinagoga e se espalhou por outros locais, inclusive a Ópera de Viena. Foram nove minutos de tensão, e os tiros foram disparados em ao menos seis locais.
O chanceler do país, Sebastian Kurz. Nehammer, classificou o incidente como “repugnante ataque terrorista”. “Nunca nos deixaremos intimidar pelo terrorismo e combateremos esses ataques por todos os meios”.
As vítimas são um casal de idosos, um pedestre jovem e uma garçonete, segundo o chanceler.
O rabino da comunidade judaica de Viena, Schlomo Hofmeister, disse não saber se a sinagoga era alvo do ataque: “O edifício estava fechado e o bairro é o mais movimentado da cidade”.
Da janela de seu apartamento, o rabino presenciou os tiros. “O homem correu em direção aos clientes dos bares com sua arma”, afirmou Hofmeister. “O tempo estava bom e era véspera do confinamento, sem dúvida ele aproveitou a situação para provocar um banho de sangue”.
Ainda atordoados, os moradores de Viena se esqueceram até mesmo do novo confinamento, que entrou em vigor nesta terça para tentar conter a segunda onda de covid-19 na Europa.
A Áustria decretou três dias de luto nacional, e o presidente Alexander van der Bellen e outras autoridades participaram em uma cerimônia de homenagem às vítimas. Policiais e soldados fazem a proteção de prédios importantes da capital, e as crianças não foram à escola por precaução.
