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Rio Grande do Sul O uso de um herbicida está suspenso até o fim do mês nas lavouras gaúchas

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Veto temporário ao agrotóxico "2,4-D" havia sugerida pelo Ministério Público. (Foto: EBC)

Na manhã dessa terça-feira, uma reunião do grupo de trabalho criado pelo governo do Rio Grande do Sul para tratar de questões e ações relativas ao herbicida “2,4-D”, foi decidida a suspensão do uso do produto no Estado até o final deste mês, em caráter excepcional. A decisão também atende a uma recomendação do MP (Ministério Público), após a divulgação de análises químicas de amostras que apontaram a ocorrência de deriva do produto em diversas lavouras de várias cidades.

“Deriva” é um termo utilizado para situações em que a aplicação do defensivo agrícola atinge áreas e plantações que não são alvo da aplicação, seja por evaporação, escorrimento, vazamento ou outro fator.

Com esse entendimento do grupo, a Sepadr (Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural) editará uma nova IN (instrução normativa) sobre o tema, que deve entrar em vigor já nesta quarta-feira, após publicação no Diário Oficial do Estado.

A Disa (Divisão de Insumos e Serviços Agropecuários) apresentou os resultados dos novos laudos emitidos pelo Larp (Laboratório de Análises de Resíduos de Pesticidas), chegando assim a 143 amostras analisadas nas últimas semanas, com resultado positivo para a presença do agrotóxico em 132 delas (92,3%).

“Todas as amostras foram coletadas após denúncias feitas por produtores rurais em canais criados pela Seadr para atender exclusivamente casos de suspeita de ocorrência de derivas do 2,4-D e outros agrotóxicos hormonais em culturas sensíveis como macieira, videira, oliveira, nogueira-pecã, erva-mate, tomate e hortaliças”, salientou a Seapdr.

Alvos de controvérsia, estudos sugerem que a exposição continuada a herbicidas à base de 2,4-D oferece riscos à saúde, podendo causar desregulação endócrina, perturbações nas funções reprodutivas, alterações genéticas (efeito genotóxico), efeitos cancerígenos e o desenvolvimento da doença neurodegenerativa de Parkinson.

Participaram da reunião do grupo de trabalho o secretário estadual da Agricultura, Covatti Filho, seu adjunto Luiz Fernando Rodriguez Junior, e técnicos e diretores da pasta, os promotores Alexandre Saltz e Felipe Teixeira Neto e representantes da Fetag-RS, Emater, Fecoagro, Andav, Corteva e Ibraoliva.

Municípios com laudo positivo para 2,4-D

Bagé, Bom Jesus, Cacequi, Cachoeira do Sul, Candiota, Caseiros, Dilermando de Aguiar, Dom Pedrito, Entre Ijuís, Hulha Negra, Itaqui, Ibiaçá, Jaguari, Jari, Lavras do Sul, Maçambará, Mata, Minas do Leão, Nova Esperança do Sul, Paulo Bento, Pirapó, Pinhal da Serra, Pinheiro Machado, Piratini, Protásio Alves, Rodeio Bonito, Ronda Alta, Santa Maria, Santana do Livramento, Santiago, Santo Ângelo, Santo Antônio das Missões, São Borja, São João do Polêsine, São Sepé, Sarandi, Silveira Martins, Sobradinho, Toropi, Vacaria e Viadutos.

Os laudos positivos abrangem 16 dos 24 municípios contemplados por instruções normativas publicadas neste ano, que estabeleceram normas como cadastro de aplicadores de agrotóxicos hormonais e venda orientada do produto. Os municípios com maior número de laudos positivos para 2,4-D foram Jaguari (27), Dom Pedrito (7), Santiago (6), Santana do Livramento (5), São Sepé (4), São Borja (4) e Bagé (4). No total, 103 propriedades foram afetadas pela deriva de 2,4-D.

(Marcello Campos)

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