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Geral O vice-presidente Hamilton Mourão disse que o desmatamento na Amazônia teve recorde no mês de junho porque as ações do governo começaram tarde

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O vice-presidente Hamilton Mourão, coordenador do Conselho Nacional da Amazônia, admitiu nesta sexta-feira (10) que o governo começou tarde a ação contra o desmatamento na região e poderá não ter bons resultados este ano, segundo informações da agência de notícias Reuters. “Começou tarde, lógico. O começo em maio vai nos dar uma melhor situação em relação a queimadas, mas não ao desmatamento”, disse o vice-presidente.

O governo implementou uma operação de Garantia da Lei e da Ordem para operar na Amazônia Legal a partir de maio deste ano, renovada nesta sexta até novembro deste ano. Mourão admite que a operação deveria ter começado em dezembro de 2019 para ser efetiva contra desmatadores.

Eu já coloquei para vocês que as ações contra o desmatamento tinham que ter começado em dezembro do ano passado, que é quando ele começa efetivamente”, disse. “Tenho colocado também que vamos prosseguir nesse tipo de trabalho até o final de 2022 ou até que a turma que desmata se dê conta que não dá para fazer isso.”

Os números do desmatamento do mês de junho, revelados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) nesta sexta, mostram que o desmatamento continua acelerando no país pelo 14º mês consecutivo. Em relação a junho de 2019, quando a retirada e mata nativa já havia batido recordes, o avanço foi de 10,7%.

Nos primeiros seis meses do ano, a área desflorestada cresceu 25%, chegando a 3.066 quilômetros quadrados. Mourão reafirmou que o governo precisa encontrar soluções permanentes para a fiscalização na Amazônia Legal, para além da GLO.

O Ibama hoje tem 300 fiscais, como você vai operar com 300? E os fiscais não estão na Amazônia. Vamos lembrar que tem o cara que está em Abrolhos, tem o outro que está no parque de Aparados da Serra, outro em Foz do Iguaçu… a gente precisa contratar gente. Ou tirar a turma que está no serviço administrativo, no ar condicionado, e botar no meio da selva”, disse.

Porque o que acontece hoje: um faz concurso para fiscal, outro para agente administrativo. A gente precisa ver os que estão em excesso e dizer, olha aqui, vamos passar para a fiscalização. Hoje eu não tenho flexibilidade para isso”, acrescentou. De acordo com o próprio Ibama, o órgão tem na verdade cerca de 700 fiscais.

Combate ao desmatamento

Em carta enviada ao vice-presidente, Hamilton Mourão, um grupo de empresas nacionais e estrangeiras pede providências urgentes contra o desmatamento ilegal e alertaram contra o impacto que a questão ambiental tem na imagem e nos negócios do Brasil no exterior.

O comunicado do setor empresarial é em defesa da agenda do desenvolvimento sustentável e combate ao desmatamento na Amazônia. A carta tem como principal objetivo destacar “a atenção e preocupação com o impacto nos negócios da atual percepção negativa da imagem do Brasil no exterior em relação às questões socioambientais na Amazônia”, além de apontar ações imediatas a serem adotadas para aplacar as reações negativas de investidores e consumidores estrangeiros ao País.

O documento conta com a assinatura dos CEOs de cerca de 40 companhias e grupos empresariais dos setores industrial, agrícola e de serviços, além de quatro organizações: Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS); Associação Brasileira do Agronegócio (Abag); Indústria Brasileira da Árvore (Ibá), e Associação Brasileira das Indústrias de Óleo Vegetal (ABIOVE). O documento também será protocolado no Supremo Tribunal Federal, Senado Federal, Câmara dos Deputados e na Procuradoria-Geral da República (PGR).

Os executivos apontam que a imagem negativa tem enorme potencial de prejuízo para o Brasil, não apenas do ponto de vista reputacional, mas de forma efetiva para o desenvolvimento de negócios e projetos fundamentais para o país. “É preciso que o governo federal dê garantias ao setor empresarial brasileiro de que algumas das ações e compromissos que estamos apresentando sairão do papel”, defende Marina Grossi, presidente do CEBDS. As informações são da agência de notícias Reuters e do CEBDS.

 

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