Terça-feira, 14 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 27 de agosto de 2023
A carga de energia elétrica no Brasil deve crescer 5% em setembro na comparação com igual mês do ano passado, para 74.673 MWmed, segundo previsão divulgada na sexta-feira (25) pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
No boletim, o órgão estimou também que as chuvas que chegarão em setembro aos reservatórios de usinas hidrelétricas deverão ficar acima da média histórica apenas no Sul (121%).
Para os demais subsistemas, a estimativa é de chuvas equivalentes a 85% da média histórica no Sudeste/Centro-Oeste, 72% no Nordeste e 62% no Norte.
O ONS estimou ainda que os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste, que concentram a principal capacidade de armazenagem do país, terminarão o mês com níveis de 73,9%.
Apagão
Em outra frente, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apresentou na sexta-feira (25) um relatório preliminar indicando que o desempenho abaixo do esperado das fontes de geração próximas à linha de transmissão Quixadá – Fortaleza II, de propriedade da Chesf, pode ter causado a queda de energia que afetou 25 estados e o Distrito Federal no dia 15 de agosto. A avaliação foi apresentada e discutida durante primeira reunião técnica para a elaboração do Relatório de Análise de Perturbação (RAP), que deverá ser concluído em cerca de 30 dias. Segundo o ONS, mais de 1 mil profissionais participaram do evento online.
“A linha de investigação mais consistente aponta esse desempenho abaixo do esperado como um segundo evento que desencadeou todo o processo de desligamentos que aconteceram em seguida. O evento do dia 15 de agosto interrompeu mais de 22 mil MW de energia em 25 estados e no Distrito Federal”, disse o ONS, em nota.
A interrupção começou às 8h30 do dia 15 de agosto, com queda no fornecimento de 19 mil megawatts, cerca de 27% da carga total (73 mil MW) naquele horário. Uma nova reunião de avaliação está marcada para o dia 1º de setembro.
“Somente com as informações recebidas dos agentes após a ocorrência, foi possível reproduzir, no ambiente de simulação, a perturbação do dia 15 de agosto. A partir dessas novas informações, o ONS realizou uma análise minuciosa da sequência de eventos e testou múltiplos cenários, que apresentaram sinais de que o desempenho dos equipamentos informado pelos agentes ao ONS antes da ocorrência é diferente do desempenho apresentado em campo. Importante destacar que o problema identificado não tem relação direta com o tipo de fonte geradora. É imprescindível que os modelos da base de dados oficial encaminhados pelos agentes ao Operador reproduzam de forma fiel o que acontece na realidade. Isso possibilita que o ONS reproduza em ambiente de simulação o que efetivamente acontece em campo, podendo tomar as medidas necessárias preventivamente. O ONS reforça que dada a complexidade do evento, permanece aprofundando as análises”, informou o órgão. As informações são da agência de notícias Reuters, da Agência Brasil e do ONS.