Quinta-feira, 16 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 24 de agosto de 2015
Em meio à turbulência política causada pela denúncia do MPF (Ministério Público Federal) contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), os quatro principais partidos de oposição o pressionarão a permitir que o plenário da Casa dê prosseguimento a um pedido de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff.
Em reunião marcada para amanhã, PSDB, DEM, PPS e o SD aproveitarão a piora na relação do Palácio do Planalto com o peemedebista, que acusa o governo federal de ter agido para retaliar sua atuação, para unificar o discurso e passar a mensagem de que apoiam o afastamento da petista.
Estratégia
A estratégia é de que ele, a quem cabe monocraticamente a decisão, rejeitaria dar prosseguimento a um pedido de impeachment. Com a iniciativa, seria possível recorrer da decisão ao plenário da Casa Legislativa, que precisaria do voto de pelo menos 257 dos 513 deputados federais para reverter o despacho e dar seguimento ao caso.
O objetivo é livrar o peemedebista de assumir sozinho o desgaste político com o governo e dar um caráter coletivo à ação. Se o plenário decidir dar sequência ao pedido, é montada uma comissão especial para analisar o tema. Dilma só é afastada caso o processo de impeachment seja formalmente aberto pelo plenário da Câmara, que precisa do voto de pelo menos dois terços da Casa (342 de 513 deputados). (Folhapress)