Segunda-feira, 06 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 27 de fevereiro de 2020
Os preços do petróleo recuaram pelo quinto dia consecutivo nesta quinta-feira (27), renovando mínimas de mais de um ano, à medida que novos casos do coronavírus registrados fora da China estimularam temores de que uma pandemia possa desacelerar a economia global e afetar a demanda pela commodity. As informações são da agência de notícias Reuters.
O petróleo Brent fechou em queda de 1,25 dólar, ou 2,3%, a 52,18 dólares por barril, após tocar mínima de 50,97 dólares na sessão — menor nível desde dezembro de 2018.
Já o petróleo dos Estados Unidos recuou 1,64 dólar, ou 3,4%, para 47,09 dólares o barril, depois de atingir o menor valor desde janeiro de 2019.
Pela primeira vez desde o início da epidemia, o número de novos casos de coronavírus fora da China superou a quantidade de novos casos registrados no país asiático.
Os negócios nos mercados do petróleo sugeriram que investidores esperam um longo período de excesso de oferta, com a demanda afetada conforme o vírus se espalha por grandes economias, como Coreia do Sul, Japão e Itália.
“O petróleo está em queda livre, uma vez que a magnitude dos esforços globais para quarentena irá gerar uma severa destruição de demanda pelos próximos trimestres”, disse Edward Moya, analista sênior de mercado da Oanda em Nova York.
“O primeiro caso com origem desconhecida nos EUA levou os mercados de energia a se prepararem para uma longa e profunda queda na demanda por petróleo.”
Exportação de petróleo do Brasil
A exportação de petróleo do Brasil somou, até 3ª semana deste mês, 5,4 milhões de toneladas, superando com folga as 4,3 milhões de toneladas de janeiro e as 3,8 milhões de toneladas de fevereiro completo de 2019, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia.
Já a exportação de soja, que tem sido nos últimos anos o principal produto de exportação do Brasil, atingiu até a terceira semana de fevereiro 3,55 milhões de toneladas, mais que o dobro do registrado em janeiro (1,5 milhão), quando havia menos produto disponível, pois colheita estava ainda começando.
Em fevereiro do ano passado, quando a colheita começou de forma antecipada no país, o Brasil exportou 5,27 milhões de toneladas.