Sábado, 05 de julho de 2025
Por Flavio Pereira | 5 de outubro de 2022
Embora o ex-governador Eduardo Leite (PSDB) tenha afirmado ontem que busca o apoio do PT sem se comprometer com pautas específicas, os primeiros sinais indicam que ele não terá esse apoio dos petistas se não assumir compromissos de gestão e, em especial, tornar explícito seu apoio à eleição de Lula no segundo turno. No tocante à gestão, Leite precisaria assumir os compromissos de desistir dos processos de privatização da Corsan e do Banrisul. Ontem, o ex-governador esteve na Assembleia Legislativa, procurando diretamente deputados de diversas bancadas para a busca de apoio. Eduardo Leite não procurou nenhum deputado do PT, mas admitiu que vai buscar o apoio do ex-candidato Edegar Pretto e dos aliados do petista para derrotar o candidato da direita Onyx Lorenzoni, aliado do presidente Jair Bolsonaro. Porém, destacou que não pretende se comprometer com pautas do PT ou dos partidos que apoiaram a candidatura petista. Ontem, o ex-governador conversou com deputados do MDB e visitou ainda as bancadas do PSB, PDT, PSD, Cidadania, Novo e PTB.
Tasso Jereissati antecipou apoio a Lula
Em Brasília, o ex-presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), muito próximo do ex-governador gaúcho Eduardo Leite, confirmou que, independente da posição oficial do partido, apoiará o ex-presidente Lula no segundo turno. Antes, outros expoentes do PSDB, como o ex-senador Aloysio Nunes Ferreira (que ficou famoso na clandestinidade como motorista e guarda-costas de Carlos Marighella) e José Gregori também já haviam anunciado apoio a Lula no segundo turno. Tasso Jereissati chegou a ser indicado vice na chapa de Simone Tebet (MDB) à Presidência, mas desistiu e foi substituído pela senadora Mara Gabrilli.
Moro, o juiz que condenou Lula, anuncia apoio a Jair Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro disse ontem que o desentendimento com o ex-juiz Sergio Moro “está superado” e que “o mais importante agora é pensarmos em um projeto para o Brasil, que se contraponha ao projeto de corrupção de Lula e da quadrilha que quer voltar à cena do crime”.
Nessa linha, o senador eleito pelo Paraná e ex-juiz federal Sergio Moro (União Brasil) disse que deixou para trás as desavenças com o presidente Jair Bolsonaro e, em nome “de um projeto para o Brasil”, declarou nesta terça-feira (4) apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) no 2º turno, por meio de uma nota publicada nas redes sociais. O apoio de Sérgio Moro vem ao lado das declarações do ex-procurador da República que coordenou a força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, que foi o deputado federal mais votado pelo Paraná, também de apoio a Jair Bolsonaro.
“Lula não é uma opção eleitoral, com seu governo marcado pela corrupção da democracia. Contra o projeto de poder do PT, declaro, no segundo turno, o apoio para Bolsonaro”, disse Moro.
Senado aprova projeto de Heinze que garante piso aos enfermeiros
O Senado aprovou ontem, por unanimidade, o projeto de lei complementar de autoria do senador gaúcho Luis Carlos Heinze (PP), que vai permitir o financiamento do piso salarial para profissionais da enfermagem, sancionado em agosto pelo presidente Jair Bolsonaro. O piso não entrou em vigor graças ao poderoso lobby dos hospitais e empresários da saúde, que conseguiram no STF a suspensão da lei. O projeto segue agora para a Câmara dos Deputados.
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