Quinta-feira, 08 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 9 de setembro de 2016
O filho de um deputado do parlamento russo foi condenado nos Estados Unidos por liderar um esquema que hackeou dados de cartão de crédito de milhares de pessoas, roubando estimados 169 milhões de dólares (545 milhões de reais). Roman Seleznev chefiou um grupo de hackers de 2008 a 2014 que atacaram negócios varejistas americanos. Um dos principais alvos foi redes de pizzarias no Estado de Washington, na costa Oeste do país.
O grupo teria invadido os sistemas de pagamento das lojas, roubando dados dos cartões de crédito dos clientes. Quase 3 milhões de números de cartões teriam sido roubados de 3.700 negócios diferentes e vendidos no mercado negro.
A promotoria chamou Seleznev de “um dos maiores ladrões de cartões crédito da história”. Ele se declarou inocente, mas foi condenado em 38 das 40 acusações por um júri de Seattle. Seleznev foi acusado, entre outros crimes, de fraude bancária, causar dano a um computador protegido, obter informações de um computador protegido e roubo de identidade qualificado.
Ilegalidade.
Seus advogados dizem que vão recorrer, focando na prisão do acusado em 2014. Ele foi detido nas ilhas Maldivas, em uma operação internacional. Segundo a defesa, foi uma prisão ilegal, “um sequestro por forças policiais americanas”. Afirmam também que a Justiça dos EUA permitiu que a promotoria usasse como prova um notebook obtido ilegalmente.
“Se ele fosse canadense, esse caso não teria ocorrido. Teve muita política aqui”, afirmou seu advogado, John Henry Browne, ao The Wall Street Journal. Já o Departamento de Justiça dos EUA afirma que Seleznev “foi processado por sua conduta, não por sua nacionalidade”.