Sábado, 26 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 6 de julho de 2021
A Polícia Federal, em parceria com a CGINT (Coordenação Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista), deflagrou na segunda-feira (5) a Operação Gênese, com o fim de desarticular associação criminosa especializada na realização de fraudes, por meio da criação de pessoas fictícias, para obtenção de benefícios previdenciários/assistenciais.
Cerca de 40 Policiais Federais participaram da operação, para o cumprimento de 15 mandados judiciais, sendo nove de Busca e Apreensão e seis de Prisão Temporária, todos expedidos pelo Juízo da 3ª Vara Federal de Teresina (PI). Os mandados foram cumpridos nos municípios de Teresina (PI), Miguel Leão (PI), Vitorino Freire (MA) e São Luís (MA).
No decorrer das investigações, foram identificados 144 benefícios com indícios de fraude, os quais já causaram um prejuízo efetivo ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) superior a R$ 14 milhões, com potencial de ainda causar dano aos cofres públicos de R$ 10 milhões, totalizando mais de R$ 24 milhões, caso não fossem cessadas as atividades criminosas.
A pedido da Polícia Federal foi determinado o bloqueio judicial das contas bancárias de oito CPF’s envolvidos nas fraudes identificadas, bem como a suspensão judicial de 32 benefícios comprovadamente falsos.
Segundo informações do portal de notícias G1, cinco membros de uma mesma família foram presos pela PF na Operação Gênese. “A Justiça Federal decretou seis prisões temporárias. Todas de uma mesma família. Cinco [prisões] foram efetivadas e uma pessoa se encontra foragida”, informou o delegado Eduardo Monteiro.
A família foi presa em Teresina. A PF informou que os membros presos foram uma mulher, seus dois filhos e os respectivos cônjuges. O parentesco do sexto membro, que se encontra foragido, não foi revelado.
Os investigados podem responder pelos crimes de Associação Criminosa (Art. 288 do Código Penal), Estelionato Majorado (Art. 171, § 3º do Código Penal); Falsidade ideológica (Art. 299 do Código Penal) e Uso de Documento Falso (Art. 304 do Código Penal).
“O nome Gênese significa a origem e desenvolvimento dos seres. O grupo investigado possui como especialidade a criação de pessoas fictícias para obtenção de benefícios previdenciários, justificando o nome da operação”, informou a Polícia Federal. As informações são da PF e do portal de notícias G1.