Segunda-feira, 08 de setembro de 2025
Por Redação O Sul | 10 de junho de 2025
A Procuradoria-Geral da República pediu nesta terça-feira (10) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um inquérito para investigar o ex-ministro do Turismo Gilson Machado.
O órgão enviou ao STF uma manifestação na qual que diz concordar com a Polícia Federal sobre a necessidade de investigação de Gilson Machado.
Para a PGR e para a PF, há indícios de que o ex-ministro do Turismo tentou emitir um passaporte português para que Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, deixasse o Brasil.
Cid, Bolsonaro e outros 29 são réus por uma tentativa de golpe de Estado que, segundo a PGR, tinha o objetivo de manter o ex-presidente no poder após a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022.
Na manifestação encaminhada ao STF, além de se posicionar a favor do inquérito, a PGR defende a determinação de busca e apreensão e quebra do sigilo telefônico e de mensagens de Gilson Machado.
Conforme a Polícia Federal, Gilson Machado teria atuado junto ao Consulado de Portugal em Recife (PE), em maio de 2025, a fim de obter a emissão de um passaporte português para Cid, o que teria a finalidade de viabilizar a saída de Cid do território nacional.
A Polícia Federal diz ainda que encontrou no celular de Cid arquivos que mostram que o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro tentou, em janeiro de 2023, a obtenção da cidadania portuguesa.
Arrecadação de dinheiro para Bolsonaro
Ainda em relação a Gilson Machado, a PF apontou que em 19 de maio de 2025 o ex-ministro do Turismo realizou uma campanha de arrecadação de doações de dinheiro para o ex-presidente Jair Bolsonaro.
A campanha foi promovida por Gilson na rede social Instagram. Para a PF, tal ação também deve ser investigada.
Gilson Machado nega ter tentado expedir passaporte europeu para Mauro Cid
O ex-ministro do Turismo Gilson Machado (PL-PE), nega que tenha tentado expedir um passaporte português para o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cesar Cid, no consulado de Portugal em Recife, capital pernambucana.
Segundo um parecer da PGR, há “elementos sugestivos” de que Machado atuou para atrapalhar o andamento da ação penal da trama golpista que ocorre nesta semana no Supremo Tribunal Federal (STF), o que pode configurar obstrução de investigação, segundo a Procuradoria.