Sexta-feira, 12 de setembro de 2025
Por Redação O Sul | 12 de setembro de 2025
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva em Porto Alegre e Balneário Camboriú (SC)
Foto: Polícia Civil/DivulgaçãoA 6ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre deflagrou nesta sexta-feira (12) a Operação Falsa Fiança com o objetivo de desarticular uma organização criminosa responsável por comercializar entorpecentes via tele-entrega e, posteriormente, extorquir ex-clientes. Três criminosos foram presos.
As investigações iniciaram há cerca de quatro meses, após o relato de uma vítima que passou a ser ameaçada por integrantes da quadrilha. Mesmo após deixar de consumir a droga, o usuário continuava recebendo mensagens exigindo pagamentos sob ameaça de violência física, sequestro, exposição em redes sociais, no meio familiar e no seu ambiente profissional.
Após essas primeiras extorsões, os criminosos ameaçavam denunciar a vítima para a polícia como se ela fosse integrante da associação criminosa, comandasse a organização, lavasse dinheiro para o grupo e ordenasse homicídios.
Um dos integrantes do grupo criminoso se passava por um delegado de polícia que exigia fiança para não dar andamento a um suposto pedido de prisão da vítima.
Durante a operação desta sexta, foram cumpridas 16 ordens judiciais, entre mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva, nas cidades de Porto Alegre e Balneário Camboriú (SC). Os agentes apreenderam celulares, chips e anotações.
De acordo com o delegado Marcos Meirelles, responsável pelo inquérito, os criminosos operavam com uma estrutura organizada, contando com diferentes autores das extorsões, utilizando armas para ameaçar as vítimas e pessoas que recebiam valores das vítimas por Pix. “Esse é um modelo criminoso que se aproveita da vulnerabilidade de ex-usuários ou ex-clientes, transformando o tráfico em um ciclo de medo e extorsão”, destacou.
“A Polícia Civil orienta a população de que nenhum policial civil entra em contato com vítimas ou investigados para fazer cobranças de fianças para evitar prisões e orienta que outras possíveis vítimas procurem as delegacias para efetuar o registro da ocorrência ou os canais de denúncias: Whatsapp e Telegram (51) 984440606 e www.pc.rs.gov.br”, informou a corporação.